A Cidade da Praia voltou a registar o recrudescimento de número de casos de paludismo este fim-de-semana, tendo sido assinalado de sexta-feira (20) a domingo (22), um total de 32 casos.
Todos os bairros dos arredores da Cidade da Praia registaram casos de paludismo nos três dias referenciados, fazendo com que a diminuição de casos registados no início do mês de Outubro e anunciado pelo Ministério da Saúde, “não passassem de uma falsa ilusão”.
Neste momento, conforme explica a fonte da Inforpress, a situação é de aumento de casos, quando a tendência era de dois a três casos por dia no início de Outubro.
Até o mês de Setembro, o pico de número de casos registados ao nível nacional era de 207, sendo 205 deles todos autóctones, com maior concentração na Cidade da Praia, assinalando uma média de 3 a 4 casos por dia.
A 16 de Setembro, a delegada da Saúde da Praia, Ulardina Furtado, confirmou à Inforpress o registo do primeiro óbito este ano por paludismo no País, no momento em que já se admite estar-se perante uma situação de epidemia na capital do País
Na ocasião, o director do Programa Nacional de Luta contra o Paludismo (PNLP), António Moreira, indicara se tratar de um caso autóctone, de um homem de 40 anos, do bairro do Paiol, tendo realçado que se tratava de “um caso único”, já que as pessoas se têm dirigido às estruturas de saúde ao primeiro sintoma, o que permite diagnosticar a doença mais cedo e trata-la.
Apesar desta situação prevalecente, Cabo Verde é tido como o país que está na fase de pré-eliminação de paludismo ou malária, razão por que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já recomendou o arquipélago a fazer da eliminação do paludismo “uma bandeira nacional”, prevendo a sua eliminação de transmissão regional até 2020.
Em Janeiro deste ano, Cabo Verde foi distinguido pela Aliança de Líderes Africanos contra a Malária (ALMA) com o prémio Excelência 2017, pelos resultados alcançados no combate à doença, sendo que a OMS estima que o país tenha reduzido a sua taxa de incidência e de mortalidade associada ao paludismo em mais de 40% no período decorrente.
Fonte: Inforpress