Os cabo-verdianos afirmaram que houve um aumento da corrupção no arquipélago, segundo um estudo que será apresentado na cidade da Praia.
A percepção da corrupção continua baixa mas continua a aumentar, segundo um estudo sobre a democracia e qualidade da governação que será apresentado quarta-feira na Praia. Este estudo abrangeu todos os sectores.
Segundo o Afrobarometer, cerca de metade dos 1.200 inquiridos no estudo consideram que a corrupção aumentou em 2014 relativamente a 2011, enquanto 13 por centro consideram que diminuiu.
A polícia nacional (19 por cento) é considerada a instituição mais corrupta enquanto os juízes e magistrados (9 por cento) são a classe que tem, nesta matéria, melhor imagem junto da população.
15 por cento dos inquiridos consideram também que há corrupção entre os funcionários públicos em geral e entre os funcionários das finanças em particular.
Entre os políticos, foram os presidentes e vereadores das autarquias e o gabinete do primeiro-ministro que conseguiram a pior avaliação, com 15 por cento dos inquiridos a considerarem que estão envolvidos em actos de corrupção.
Sobre se podem mudar ou não, 34 por cento dos cabo-verdianos se sentem impotentes perante o fenómeno, enquanto 55 por cento afirmam poder fazer a diferença na luta contra a corrupção.
O papel da comunicação social na denúncia dos casos de corrupção foi também analisado no estudo, com 34 por cento dos inquiridos a afirmarem que os media cabo-verdianos têm sido pouco eficazes nessa denuncia, enquanto 15 por cento consideram que têm sido eficazes.
Em 2011, apenas 19 por cento dos inquiridos consideravam a comunicação social ineficaz na denúncia da corrupção em Cabo Verde.
O Afrobarometer, é uma rede de pesquisa não partidária que realiza estudos sobre democracia, governação, condições económicas em 35 países de África.
Fonte: Agência Lusa