O primeiro-ministro considerou hoje, no Mindelo, que “faz todo sentido” a actualização dos preços dos transportes marítimos para garantir a sustentabilidade mínima dos operadores e, ao mesmo tempo, aumentar o nível do serviço.
Ulisses Correia e Silva reagia à actualização dos preços dos transportes marítimos, de passageiros e carga geral, de mercadorias em câmaras frigorificas e de animais vivos, que passam a vigorar na quinta-feira, 20.
“Faz sentido toda esta actualização para garantir a sustentabilidade mínima dos operadores e ao mesmo tempo aumentar o nível de serviço. É nesse sentido que temos estado a trabalhar para ter mais barcos disponíveis e melhorar o nível da concessão e o nível exigido também aos operadores”, explicou o primeiro-ministro.
O chefe do Governo lembrou que era preciso fazer “o equilíbrio das duas coisas”, ou seja, ter “mais transportes” e ainda “mais qualidade e regularidade”.
“Queremos ter investimentos nos transportes e, por outro lado, temos que financiar esses custos nomeadamente o seu funcionamento. Há 11 anos que a tarifa dos transportes marítimos de passageiros não é aumentada e há 17 anos que a de mercadorias e carga não é actualizada”, lembrou.
Conforme o despacho da atualização do preço das passagens do transporte marítimo de carga e de passageiro, publicado pelo Ministério do Mar no Boletim Oficial, a nova actualização indica um aumento de cerca de 20 por cento (%) no custo das passagens para os cidadãos cabo-verdianos e de 80 % para estrangeiros.
No transporte de carga o aumento é de cerca de 17 % e no transporte de mercadoria sem câmaras frigorificas e de animais vivos é de cerca de 20 %.
Por exemplo, um passageiro que fará o percurso até 10 milhas náuticas pagará 920 escudos se for cidadão nacional e 1470 se for estrangeiro.
A partir de 11 milhas o preço sobre para 1.020 escudos nacionais e 1500 estrangeiros, se a distância for superior a 150 milhas o cidadão nacional deverá pagar 4.030 escudos e o estrangeiro 6.040 escudos.