Administrador único nega “clima de tensão” na Inforpress (Video)

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O Administrador Único da Inforpress negou esta quarta-feira que exista qualquer clima de tensão na agência de notícias de Cabo Verde e refutou a denúncia feita por alguns jornalistas e publicada no online Santiago Magazine.

“Não há qualquer clima de tensão na Inforpress, como este grupinho quer fazer passar a ideia, querendo arrastar com eles para esta farsa todos os membros da direção da AJOC e os jornalistas da Inforpress. Mas a maioria já começa a demarcar-se dessa sujeira”, explicou José Vaz Furtado, em declaração à Inforpress.

Em causa está uma notícia publicada hoje pelo jornal digital Santiago Magazine, segundo a qual a deslocação do director de informação da Inforpress, Hélio Robalo, a Marrocos, estaria a indignar os jornalistas da agência pública de notícias, gerando um mal-estar na redação.

Citando jornalistas, que falaram sob o anonimato, a publicação avança que Hélio Robalo “terá enganado a redação de que iria participar num evento a convite da Federação Atlântica das Agências de Notícias Africanas (FAAPA), quando “na verdade foi assistir aos jogos do mundial de clubes”, que decorreram naquele país magrebino de 1 a 11 deste mês, “tudo à custa da Inforpress”.

Em reacção, o Administrador Único da Inforpress considerou que tudo não passa de “calúnia, ciúmes e inveja” por parte do que ele chamou um “grupinho” de três ou quatro jornalistas “descontentes e bem identificados”.

José Vaz Furtado esclareceu que de facto o director da informação, Hélio Robalo, foi a Marrocos a convite da Federação Atlântica das Agências de Notícias Africanas (FAAPA), de que a Inforpress é membro do Conselho Executivo desde 2015.

“Estas denúncias de um grupinho de jornalistas não fazem sentido, porque o jornalista indicado para participar no evento recebeu da empresa apenas as ajudas de custo a que tem direito, 1/3, neste caso, por que a FAAPA financiou a viagem, estadia e alimentação, conforme consta da carta convite que nos foi endereçada”, justificou o Administrador único da Inforpress.

Quanto aos denunciantes, este responsável assegurou que tiveram acesso a carta da Federação de Futebol de Marrocos por “portas traseiras” e a apenas “metade da informação”.

“Eles não tiveram informações como foi conduzido o processo pela Administração e a FAAPA, até a viagem do director, que só foi indicado para participar, par depois, no regresso, puder fazer réplicas na redação das experiências e conhecimentos adquiridos e por que também os outros jornalistas já tinham viajados há bem pouco tempo. E na lógica de dar oportunidades a todos, ele foi a escolha do Administrador Único”, refere Furtado.

Relativamente à acusação de que estaria a fazer uma gestão danosa na empresa, este responsável elucidou que é “totalmente falso”, vincando que a Inforpress “nunca esteve tão bem como agora”, alegando que todos os actos desta gestão são legais e com “total transparência” e os processos conduzidos com “total lisura”.

“As contas da Inforpress são auditadas e trimestralmente entregues na Unidade de Acompanhamento do Sector Empresarial do Estado-UASE, no Ministério das Finanças”, afiançou.

José Vaz Furtado assegurou, por isso, que tudo isto não passa de “maldade e inveja de pessoas mal resolvidas e frustradas profissionalmente e que acham que eles deveriam estar no lugar do Administrador Único”.

Por outro lado, conforme o Administrador Único, esse “grupinho de jornalista quer fazer política”, mas avisou que na Inforpress “não se faz política, mas sim notícias, com rigor e credibilidade”.

“Sabemos que estamos a um ano das eleições e por que Cabo Verde está numa boa posição no ranking da Liberdade de Imprensa, querem fazer tudo para manchar este Governo”, avançou.

Aos que acusa de estarem a todo o custo encontrar alguma coisa para tentar o derrubar, José Vaz Furtado diz estar “tranquilo, ciente das suas responsabilidades”, a cumprir o trabalho para o qual foi designado, aconselhando aos jornalistas denunciantes a parar com estas atitudes, que, vinca, só atrapalha o trabalho na empresa.

Quanto a veracidade das denúncias veiculadas pelo Santiago Magazine, este responsável alegou que são falsas.

O Administrador Único da Inforpress adiantou que brevemente vai anunciar um conjunto de medidas que vão acabar com tudo “isto definitivamente”, por entender que “não pode continuar assim”

“Todas as pessoas que estão aqui são livres para fazerem o seu trabalho e ninguém é condicionado, e não podem passar a ideia de que o Administrador está a intrometer nos conteúdos, o que não corresponde à verdade”, finalizou.

Por: Inforpress