Afinal Ulisses Correia e Silva errou e o valor da divida da NOSi não é o que o PM afirmou

1035
No final do mês de Julho em pleno parlamento o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, afirmou que o Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSi) deve à Microsoft cerca de 1, 5 milhões de dólares pelas licenças, com todas as implicações sobre gestão da rede do Estado. Tal discurso de UCS fez com que o ex Primeiro-Ministro, José Maria Neves, afirmasse que os discursos de UCS, são discursos de terra queimada e que estes “reduzem tudo o que se refere ao Governo anterior a cinzas, antecipando-se deste modo a eventuais incumprimentos das promessas ou compromissos, como queiram, assumidos durante a campanha eleitoral”. Na sua edição imprenso de hoje, quinta-feira, o jornal A Nação descobriu que a dívida à Microsoft não é da NOSi, mas sim do Tesouro do Estado. De acordo com as facturas da própria Microsoft, que o jornal teve acesso, a divida é menos dois terços desse montante (1,5 milhões de dólares) e está dentro de parâmetros considerados normais. O jornal informou que no dia 16 de Abril deste ano a divida era de 534 mil 225 dólares e um outro recibo, do dia 02 deste mês, mostra que a divida passou para 520 mil dólares depois do pagamento de uma factura de 14 mil e 200 dólares. “De acordo com os dados por nós apurados, a alegada ou suposta dívida do NOSi à multinacional norte-americana é relativa a licenças, que devem ser pagas pelo Tesouro e não pelo Núcleo Operacional. Isto porque, sublinham as nossas fontes, não há nenhuma factura relacionada com serviços de suporte”, escreve o jornal A Nação.