Antany foi condenado com pena máxima de 35 anos de prisão
O autor do massacre de Monte Tchota, António Manuel Silva Ribeiro, conhecido por Antany, foi condenado a 35 anos de prisão e a uma pena acessória de expulsão das Forças Armadas cabo-verdianas e ao pagamento de uma indemnização de 11 milhões de escudos (99 mil euros) às famílias das vítimas.
António Manuel Silva Ribeiro, 23 anos, mais conhecido por “Antany”, é suspeito da morte, em Abril último, de 11 pessoas – oito militares e três civis, incluindo dois cidadãos espanhóis – no destacamento de Monte Txota, na localidade de Rui Vaz, interior da ilha de Santiago.
As mortes terão acontecido no dia 25 de Abril e os corpos descobertos no dia 26, e o suspeito, militar do mesmo posto, foi detido pela polícia no dia 27, na cidade da Praia, onde aguardou desde então o julgamento em prisão preventiva no estabelecimento prisional militar.
Na primeira sessão de julgamento, na semana passada, a acusação pediu a condenação a pena máxima de prisão.
Durante a sessão, que decorreu no Comando da 3.ª Região Militar, na cidade da Praia, António Manuel Silva Ribeiro respondeu às perguntas relativas à sua identificação, a que estava obrigado, e falou apenas para pedir desculpas ao país e às famílias das vítimas.
A defesa, que é assegurada pelo defensor oficioso tenente Júlio Monteiro, apontou a postura de colaboração do suspeito, o seu carácter calmo e os problemas que sofreu ao longo da vida como circunstâncias atenuantes da sua conduta e pediu aos juízes que “sejam benevolentes”.
Durante a primeira sessão do julgamento, que contou no colectivo de juízes do Tribunal Militar com a juíza civil Ana Reis, foram ouvidas cinco das seis testemunhas arroladas no processo, em que o suspeito é acusado de 11 homicídios agravados.
Fonte: Lusa