Uma loja de bebidas alcoólicas, apenas disponível para diplomatas não-muçulmanos, foi inaugurada na Arábia Saudita pela primeira vez em mais de 70 anos, em mais um passo de abertura do reino outrora ultraconservador.
Um diplomata adiantou esta quarta-feira à agência Associated Press (AP), sob condição de anonimato, que a loja fica ao lado de um supermercado no bairro diplomático de Riade.
A mesma fonte descreveu o espaço como semelhante a uma loja “duty free” de luxo de um grande aeroporto internacional.
Os funcionários da loja pediram aos clientes as suas identificações diplomáticas e que colocassem os seus telemóveis dentro de bolsas enquanto estivessem no espaço.
As autoridades sauditas não responderam a um pedido de comentários sobre esta loja, de acordo com a AP.
A abertura deste estabelecimento coincide com uma reportagem publicada pelo Arab News, o principal diário saudita anglófono, sobre as novas regras para a venda de álcool a diplomatas no reino.
As regras foram descritas como destinadas a “restringir a importação descontrolada destes bens e bebidas especiais dentro das remessas diplomáticas” e entraram em vigor na segunda-feira, informou o jornal.
A Arábia Saudita proibiu o álcool desde o início dos anos 1950. O então rei Abdulaziz, monarca fundador da Arábia Saudita, interrompeu a sua venda após um incidente de 1951 em que um dos seus filhos, o príncipe Mishari, ficou embriagado e utilizou uma espingarda para matar o vice-cônsul britânico Cyril Ousman, em Jidá.
Por: Lusa