O orçamento da Câmara Municipal da Praia para 2023 foi aprovado hoje pela Assembleia Municipal, com 11 votos a favor do PAICV e 10 votos contra do MpD que prometeu medida cautelar junto do Tribunal.
O novo orçamento, de mais de 3,1 milhões de contos, e o plano de actividades foram aprovados na quinta sessão ordinária da Assembleia Municipal da Praia, todos com os votos favoráveis do PAICV e votos contra do MpD.
Aprovados os instrumentos de gestão a Câmara Municipal da Praia, segundo o edil Francisco Tavares vai estar em condições de executar o seu plano de actividades “De Praia para Praia”.
Ao usar da palavra para justificar os votos a favor do PAICV, o líder da bancada do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Aquiles Barbosa, ressaltou a importância dos dois instrumentos aprovados para a execução dos projectos e para o desenvolvimento do concelho.
“É um orçamento que irá minimizar o impacto da crise apoiando directamente famílias da Praia, que vai servir para reabilitar centenas de casas e faz regressar à escola várias crianças que estão fora do sistema do ensino”, disse.
Para Aquiles Barbosa o orçamento aprovado, que prevê melhorar ainda o saneamento da cidade, aposta na cultura, na educação, no desporto e na infra-estruturação do concelho, com foco nas pessoas.
Na ocasião o líder da bancada do Movimento para a Democracia (MpD-oposição municipal), através do seu líder, João Cabral, afirmou que o voto contra é uma decisão do grupo que defende que o documento foi para a Assembleia Municipal de forma ilegal.
A bancada do MpD deixa saber à equipa camarária que vai levar os instrumentos ora aprovados ao Tribunal, alegando ainda que não tiveram acesso à cópia de gerência referente ao ano 2022 que deveria ser discutida na Assembleia Municipal no mês de Abril de cada ano.
“Vamos reunir com os nossos advogados para apresentar uma providência cautelar contra a câmara municipal no Tribunal da Praia”, indicou o deputado municipal do MpD.
Do orçamento aprovado, 55% destina-se a investimentos, mais de 244 mil contos são direccionados para o capital humano e 196 mil contos para a habitação social.
Por: Inforpress