O Atlantic Music Expo (AME) 2022 adiado para Junho regressará “mais forte”, terá palco na Cidade da Praia e no Mindelo e almeja a retoma da indústria da música e a internacionalização do País enquanto destino cultural.

Estas informações foram avançadas hoje à Inforpress pelo director-geral do AME, Augusto Veiga, indicando que o evento acontece entre 09 e 11 de Junho, no Mindelo,   e de 13 a 16 de Junho, na Cidade da Praia.

Em causa estão as restrições impostas pelo Governo para mitigar os impactos da covid-19, pelo que em concertação com os ministérios da Cultura e da Saúde acordaram adiar o evento.

“É devido às restrições que ainda estão em vigor por parte do Governo e supostamente agora em Março vai ser anunciado novas restrições, mas teremos muito pouco tempo para preparar o evento que tínhamos marcado para iniciar no dia 30 de Março, então não nos permite organizar o evento como deve ser”, precisou.

Isto porque, explicou Veiga, apesar de o AME ter uma esfera que é controlável, por ser fechado, que são os workshops, conferências e shows dentro de Palácio de Cultura, tem também a outra que a organização não consegue ter o controlo exigido, que são os shows populares, que decorrem nas ruas das cidades, e as feiras na praça.

Dois anos com a paralisação do evento dada às medidas de contingência para se fazer face a covid-19, o director geral afirma que as “expectativas são grandes”, contudo não se sabe como vão ser as reacções das pessoas, mas a ideia, reforçou, “é retomar mais forte”.

Daí que, sustentou o responsável, o evento, que era feito só na Cidade da Praia, será realizado também no Mindelo como mais-valia, sendo uma forma de significar a retoma a nível financeiro para o sector e para as pessoas que prestam serviços à organização.

“O AME abrange não só artistas como empresas de som, de iluminação, transportes, hotéis, viagens, então abrange uma vertente grande que pode vir a significar o início de uma retoma financeira para o sector da música em concreto”, concretizou Augusto Veiga.

Segundo o director geral do AME, em 2019 o evento e também o Kriol Jazz contaram com uma “grande adesão” a nível internacional, tanto de estrangeiros como de cabo-verdianos residentes na diáspora e também nas outras ilhas.  

Então,   frisou,   o  objectivo é dar continuidade e continuar a reforçar a posição de Cabo Verde como País de destino de eventos culturais “de grande porte”.

Tendo em conta que a organização do AME passou para Associação Cabo Verde Cultural, Augusto Veiga ressalva que estão a aguardar o posicionamento por parte do Governo, para assinatura de um memorando de parceria que para além do Ministério do Turismo, o Ministério da Cultura também será envolvido, tendo apontado que pode se concretizar  já no mês de Março.

Os artistas para Cidade da Praia serão os mesmo da lista de 2020, e a lista para o Mindelo já foi seleccionada por um júri internacional e conta com um total de 15 artistas.

Neste momento, concretizou a mesma fonte, a produção está na fase de ver a disponibilização dos artistas para as novas datas, pelo que os mesmos têm até o dia 01 de Março para confirmarem disponibilidade, e até 03 de Março será anunciado os artistas para São Vicente.

O AME conta com parceria do Governo, câmaras municipais da Praia e São Vicente, CVTelecom, Garantia Seguros, ADS Grupo e ASA.

O AME-CV é uma feira mundial da música onde profissionais da música, ‘managers’, produtores, jornalistas, empresários, directores de salas e de festivais, agentes, ‘bookers’, distribuidores, videastas, fotógrafos, fabricantes de instrumentos, equipamentos e acessórios diversos, de todo o mundo, expõem os seus produtos e reflectem sobre a sua área de actividade.

Por: Inforpress