O Banco de Cabo Verde (BCV) anunciou hoje a manutenção das principais taxas de juro de referência, tendo em conta as perspetivas macroeconómicas e o contexto internacional.
“A taxa diretora e as taxas de facilidade permanente de cedência e de absorção de liquidez vão permanecer nos 2,5%, 2,75% e 2,25%, respetivamente”, informou, em comunicado.
O BCV justificou a decisão, prevendo que o desempenho económico do arquipélago abrande de 7,3%, em 2024, para 5,5%, este ano, “desacelerando para 4,8% em 2026, valor próximo do potencial de crescimento da economia cabo-verdiana”.
No que respeita à inflação, a taxa média anual fixou-se em 2,1% em agosto, “refletindo, em grande medida, o aumento de preços nos mercados internacionais”.
Perspetiva-se que o ano termine com a taxa de inflação média anual em 2,4%, sendo expectável “uma redução para 1,7% em 2026”, acrescentou.
O contexto externo “manteve-se condicionado por tensões comerciais e incertezas globais, com as principais economias parceiras de Cabo Verde a registarem um crescimento moderado”.
Por outro lado, as reservas internacionais líquidas do arquipélago “deverão aumentar, em 2025, fixando-se em 955 milhões de euros, garantindo cerca de oito meses de importações” de todos os produtos de que o arquipélago precisa.
O valor representa um novo recorde, depois de o BCV ter ajustado a política monetária, aproximando as taxas de juro dos níveis europeus, para evitar a aplicação de capitais no exterior.
Perante todo este contexto, “o Banco de Cabo Verde considera adequada a manutenção das taxas de juro de referência nos níveis atuais”, conclui.
A próxima reunião do Comité de Política Monetária está agendada para 09 de dezembro.
Por: Lusa






