Cabo Verde integra a lista de três países africanos, incluindo Benim e Senegal, que conseguiram progressos na elaboração e criação de políticas de protecção de jovens grávidas e das mães adolescentes, segundo os dados revelados pela Human Rights Watch.
A informação foi revelada hoje, na Cidade da Praia, pela directora nacional da Educação, Sofia Figueiredo, na abertura do workshop sobre Direitos e Permanência das Raparigas Mães e pessoas com deficiência no Ensino Secundário em Cabo Verde”, promovido pela RNCEPT-CV, para assinalar o Dia da Criança Africana, que se assinala este domingo, 16 de Junho.
A responsável adiantou ainda que Cabo Verde é também um dos 26 países africanos, num total de 55, a registar progressos em relação aos incentivos para a permanência de adolescentes, grávidas e mães nas escolas.
Sofia Figueiredo lembrou que o programa de Governo prevê a educação para uma cultura de igualdade e não-violência nos espaços educativos e a implementação de estratégia e práticas institucionais que se adequem às necessidades específicas de rapazes e raparigas.
Essas políticas, segundo a mesma fonte, têm como objectivo diminuir os focos de género que se verificam no acesso e sucesso educativo, assim como nas escolhas das áreas profissionais e de estudo.
“As políticas de desenvolvimento delineadas e que estão em implementação têm implícita uma preocupação de maior inclusão, igualdade, equidade e justiça no ambiente escolar, focalizando essas nos grupos prioritários e mais vulneráveis”, explicou.
Neste sentido, acrescentou que o plano estratégico da educação está alinhado com o Objectivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS- 4), que tem como principal linha de orientação a inclusão e eleição de medidas e políticas para a escola inclusiva não deixa nenhum aluno ou aluna fora do sistema.
Por sua vez, o presidente da Rede Nacional da Campanha de Educação para Todos (RNCEPT-CV), Marciano Monteiro, disse que os temas a serem discutidos neste workshop são “medicamentos” para combater as fragilidades da sociedade cabo-verdiana nas camadas menos favorecidas.
Acrescentou que a rede, enquanto uma organização que promove a inclusão, quer desenvolver um trabalho de qualidade, sendo que para isso, tem que contar com parcerias e colaboração de todos “sobretudo do Governo, porque a rede é um complemento para fazer face às situações adversas na área da educação”.
A estratégica para assegurar a permanência das raparigas mães no ensino secundário, direito das crianças e pessoas com deficiência no ensino, pessoas com deficiências e acessibilidade no ensino – mito ou realidade, o contributo dos parlamentares no cumprimento normativos no sector são alguns dos temas a serem discutidos nesse encontro.
O artista Gil Semedo que participa no encontro vai ser convidado para ser o padrinho da Rede Nacional da Campanha de Educação para Todos (RNCEPT-CV).
Por: Inforpress