Cabo-verdiana recebeu o prémio para a melhor interpretação feminina no Festival de Cinema de Locarno (Suíça)

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O filme “Vitalina Varela” (2019), do realizador português Pedro Costa, ganhou este sábado o prémio mais importante do Festival de Cinema de Locarno (Suíça), o Leopardo de Ouro, anunciou a organização do festival.

 

Vitalina Varela, protagonista do filme que leva o seu nome e que conta a sua história, recebeu o prémio para a melhor interpretação feminina.

O cineasta de 60 anos, natural de Lisboa e formado na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa, já tinha recebido um prémio no Festival de Locarno — o de melhor realização com o filme “Cavalo Dinheiro” (2014).

O filme fez a estreia mundial em Locarno, na quarta-feira, e tem garantida distribuição e estreia em 2020, nos Estados Unidos.

Pedro Costa conheceu Vitalina Varela quando rodava “Cavalo Dinheiro”, acabando por incluir parte da história dela na narrativa, mas o novo filme é totalmente dedicado a esta cabo-verdiana de 55 anos.

“Vitalina Varela” é a história de uma mulher que viveu grande parte da vida à espera de ir ter com o marido, Joaquim, emigrado em Portugal. Sabendo que ele morreu, Vitalina Varela chegou a Portugal três dias depois do funeral dele, lê-se na nota de imprensa da produtora, a Optec Filmes.

Desde a estreia, o filme já recebeu vários elogios da crítica a nível mundial, nomeadamente do Hollywood Reporter, que o descreve como “um épico intimista” e “trágico”, considerando que esta nova longa-metragem irá colocar Pedro Costa “num novo patamar de ambiente, forma e narrativa” cinematográfica.

O portal Indie Wire, por seu lado, definiu “Vitalina Varela” como mais uma “visão arrebatadora e magistral de Pedro Costa”.

Por seu turno, o sítio ‘online’ LesInrocks, da revista francesa Les Inrockuptibles, descreve a obra do realizador português como um projeto “entre o documentário e o retrato íntimo”, num ambiente que “intriga pela aridez e beleza plástica”.

Este novo filme de Pedro Costa estará ainda em competição, em setembro, no Festival de Cinema de Toronto, no Canadá, e será apresentado no 57.º Festival de Cinema de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Por: Observador