
Autor de 20 golos nas últimas duas épocas pelo Penafiel, Fábio Fortes antecipou-se ao modo gestão que caracteriza o mercado por esta altura e protagonizou troca de camisola entre equipas que discutiram a subida. Reforço do Arouca por pedido expresso de Miguel Leal, o ponta de lança não hesitou na mudança, estimulado pela sensação de desejado.
«É um projeto aliciante, que me fez pensar que o meu tempo no Penafiel tinha acabado. Sou ambicioso e era altura de mudar. Senti o Arouca mais interessado em contratar-me do que o Penafiel em renovar», sustenta o cabo-verdiano, de 26 anos, disposto a impor a sua marca goleadora em Arouca.
«Senti que me queriam muito, do treinador à Direção. Quero ajudar com golos como fiz no Penafiel e jogando com mais regularidade», diz, firme e ousado.
«Não me foi dito que era para subir, mas acho que nem é preciso falar, basta olhar ao que foi o percurso do clube nos últimos anos, em que até jogou a UEFA. Subir era ótimo», aclara o avançado, representando por Nuno Correia, que o tem ajudado a reabrir portas, depois do falhanço, ainda novo, em Guimarães, ao ser apontado como o novo Bebé quando chegou do Real:
«Somos amigos e o meu percurso tem sido influenciado por ele. Confia muito na qualidade dos seus jogadores e sem pressas. Já não penso muito no que aconteceu em Guimarães, era inexperiente. Não estava preparado, mas qualidade sempre tive.»
Agora, Fábio Fortes invoca ainda o sonho de estar com Cabo Verde num Mundial:
«Fui chamado pela primeira vez, mas saí por lesão. Fiquei satisfeito e orgulhoso. Temos jogadores de grande valor e em grandes campeonatos. Com este crescimento, Cabo Verde vai acabar por estar num Mundial, seria o concretizar dum sonho incrível. Confio que vou voltar aos eleitos, seria fantástico visitar finalmente a terra dos meus pais.»
Por: A Bola