A Câmara Municipal da Praia anunciou hoje que tem em marcha um plano para “revolucionar o saneamento no município”, baseado no reforço de seis camiões e 384 contentores, para cobrir uma população de 145.378 habitantes espalhados por 34.689 edifícios.

Trata-se de um investimento de 60 mil contos, pelo que as autoridades municipais acreditam no sucesso imediato da implementação deste novo plano operacional numa população de 44.352 agregados familiares, razão pela qual já foi constituído um Centro de Piquete para coordenar todos os serviços de saneamento e fazer a ligação entre todas as estruturas de limpeza.

Os serviços de saneamento, doravante, passam a estar subdivididos em três áreas, designadamente, a do aterro sanitário, a cargo da engenheira Neuza Brito, varrição também conhecido por “catada” sob a coordenação de João Fortes e da recolha de resíduo sólido, coordenado pelo técnico Victor Constantino.

Apresentado esta manhã à imprensa pelo presidente da autarquia e a sua equipa camarária, o plano, segundo Francisco Carvalho, fez com que o aterro sanitário, inaugurado em 2015, entrasse, finalmente em funcionamento desde Abril último e passa pela recolha de lixos das 08:00 às 00:00, com rotas específicas e horários detalhados.

“Vamos tomar medidas estruturantes para resolver, uma vez por todas, problemas de saneamento no município da Praia e não ficar por medidas “tchapa-tchapa” de modo a evitar que a qualquer momento o sistema possa entrar em colapso”, frisou Carvalho, ciente de que estas posições farão com que a autarquia ganhe capacidade real para a gestão do saneamento no município.

As zonas mais populosas como as de Achada de Santo António, Palmarejo, Achadinha, Eugénio Lima, Safende, Tira Chapéu, São Filipe, Várzea e Terra Branca serão reforçadas com serviços de recolha porta-a-porta, para além de contentores, bem como outras localidades mais distantes do centro da cidade como São Francisco e arredores e Caiada de entre outros.

Ao comunicar a implementação das recém-criadas equipas de limpeza dos pés dos contentores e a criação de pontos de recolha de resíduos sólidos de grandes dimensões como frigoríficos e colchões, Francisco Carvalho exortou à sensibilidade de todos os munícipes no sentido de evitar actos de vandalismos como a queima de contentores ou vazamento de lixos nos pés dos depósitos.

A este propósito, anunciou que já está a ser implementada a aplicação de coimas aos incumpridores, pela Guarda Municipal, tanto a cidadãos munícipes, como a lojas e restaurantes, para além da criação de uma taxa dos serviços de recolha de lixos, sobretudo junto das casas comerciais, restaurantes e bares.

A autarquia da Praia, revelou, registou a queima de 19 contentores no espaço de dois meses, o que, na voz dos responsáveis camarários, dificulta os serviços de saneamento quando, lamentou, a autarquia está a envidar esforços para liquidar uma dívida de 35 mil contos nas instâncias judiciais, por “calote da gestão enganosa camarária anterior”, junto de empresas que prestavam serviços na área de saneamento.

Por: Inforpress