Covid-19: Governo cabo-verdiano alarga testes obrigatórios a quem sai de São Nicolau

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Os passageiros que embarquem na ilha cabo-verdiana de São Nicolau, em voos ou ligações marítimas domésticas, passam a estar obrigados à apresentação de testes negativos à covid-19 com pelo menos 72 horas de antecedência, determinou o Governo.

De acordo com uma resolução do Conselho de Ministros, de 27 de julho e que já entrou em vigor, a decisão, tal como é aplicada desde 15 de julho aos passageiros que deixam as ilhas de Santiago e do Sal, é justificada pelo “risco de transmissão comunitária”, quando São Nicolau soma 43 casos diagnosticados de covid-19, todos no município da Ribeira Brava, dos quais 25 já dados como recuperados.

“Enquanto se mantiver a situação epidemiológica atual na ilha de São Nicolau, com risco de transmissão comunitária em evolução, a realização de viagens interilhas de passageiros obriga à apresentação pelo passageiro de teste de despiste com resultado negativo, efetuado nas 72 horas que antecedem a deslocação”, lê-se na resolução.

Acrescenta que as viagens efetuadas no intervalo de 72 horas “são isentas de um novo teste”, que pode ser feito nas delegacias de saúde ou em laboratório privado certificado, tendo um custo (teste rápido e certificado) de 1.000 escudos (nove euros), a suportar pelo viajante.

Contudo, sempre que for necessário, a confirmação com um exame de diagnóstico molecular (PCR) “deve ser realizado pelas autoridades de saúde, sem custos adicionais para o viajante”.

“A não apresentação de documento válido que ateste o resultado negativo, no momento do ‘check-in’ ou embarque, constitui impedimento de viagem”, determina a resolução.

O Governo cabo-verdiano estimou anteriormente a necessidade de realizar, todos os meses, 22.000 testes rápidos para os passageiros das viagens, aéreas e marítimas, domésticas que saiam da Praia (ilha de Santiago) e da ilha do Sal, aos que se somam agora os de São Nicolau.

Cabo Verde registava no final do dia 27 de julho um acumulado de 2.328 casos de covid-19, diagnosticados desde 19 de março, com 22 óbitos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 650 mil mortos e infetou mais de 16,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Por: Lusa