Crianças Desaparecidas: Ministra da Justiça diz que Polícia Judiciária não tem novas informações

703

A ministra da Justiça, Joana Rosa, afirmou hoje, na cidade da Praia, que a Polícia Judiciária (PJ) não dispõe de novas informações sobre o desaparecimento de crianças em Cabo Verde, mas as investigações continuam.

Foto: Inforpress

Joana Rosa respondia aos jornalistas à margem de uma mesa de reflexão para assinalar o Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas.

Segundo a governante, a investigação da PJ continua desde que o caso ocorreu, em 2017.

“Não tenho informações outras e nem a Polícia Judiciária tem novidades em relação a esta matéria”, vincou.

O que está a ser feito, conforme a ministra, é um trabalho de prevenção para evitar que estas situações aconteçam.

Ressalvou que o tráfico de pessoas ocorre em quase todo o mundo e que é difícil de detectar, especialmente em casos de desaparecimento.

Portanto, sustentou, o país está focado na prevenção por esta ser a melhor arma de combate a este mal.

Conforme assinalou Joana Rosa, a venda de órgãos é um dos negócios mais lucrativos no mundo do crime, daí a chamada de atenção das nações unidas e da adesão do País aos vários protocolos em relação a esta matéria para que se possa ter mecanismos internos e internacionais de combate a esses males.

Para dar combate a esta problemática, indicou, que Cabo Verde está a trabalhar no quadro legal e no plano estratégico de combate ao tráfico de pessoas, além da instalação do observatório.

“Estamos criando um ambiente de compartilhamento e responsabilização entre os vários setores e actores, pois essa não é apenas uma responsabilidade do governo, mas também da sociedade civil”, enfatizou.

Desde 03 de Fevereiro de 2018, Sandro Mendes “Filú” de dez anos e Clarisse Mendes “Nina” prestes a completar 12 anos estão desaparecidos

Saíram de casa, em Achada Limpa, na cidade da Praia, para comprar açúcar, a pedido da avó Marcelina Lopes, em Água Funda, e não regressaram.

A 28 de Agosto de 2017, Edine Soares, 19 anos, deixou a casa em Achada Grande Frente (Praia) alegando que ia levar o bebé para o controlo no PMI (Programa Materno-Infantil), na Fazenda, cidade da Praia. Mãe e filho nunca mais foram vistos.

Por: Inforpress