Decorre a cimeira extraordinária da CEDEAO e Cabo Verde está ausente por “razões financeiras”

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O Chefe de Estado cabo-verdiano, José Maria Neves, está ausente da cimeira extraordinária da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental por “razões financeiras”. Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO reúnem-se este sábado, 4 de Junho, em Accra, no Gana, para discutirem as transições militares no Mali, Guiné Conacri e Burkina Faso.

As juntas militares alegam questões de segurança no Mali e no Burkina Faso e os problemas político-sociais, nos três países, para justificar o atraso na marcação de eleições credíveis e no período exigido pela CEDEAO.  

Desde 2020, a Comunidade dos Estados África Ocidental, está preocupada com o risco de contágio de golpes de Estado, numa região vulnerável, tendo por isso multiplicado as mediações e pressões para encurtar os chamados períodos de transição antes do retorno dos civis à liderança dos países. 

Cabo Verde é representado na cimeira de Acra pelo embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de Cabo Verde junto da República da Nigéria, Belarmino Silva.

O Presidente cabo-verdiano, não está presente na cimeira da CEDEAO,  por “razões logísticas e financeiras”. Em declarações à imprensa, o chefe de estado, José Maria Neves explicou que a Presidência da República está com fortes restrições orçamentais.

“O orçamento da Presidência em relação ao ano de 2020 teve um corte de 93 mil contos (cerca de 843 mil euros), então temos sérias restrições para o funcionamento da Presidência neste momento e, por isso, estamos a reprogramar todo o trabalho a nível das ilhas e todo o trabalho internacional tendo em fortes restrições orçamentais da Presidência da República”, disse José Maria Neves.

De acordo com a televisão pública cabo-verdiana, em 2021, o orçamento da Presidência da República foi de 244 mil contos, e neste ano é de 168 mil contos.

Por: RFI