O conselho de administração da Electra informou hoje que “o elevado número de clientes com facturas de energia eléctrica por liquidar está a causar enormes dificuldades na gestão e sustentabilidade da empresa e de todo o sector energético”.

Em comunicado. a empresa de produção e distribuição de energia explicou que “a situação é muito mais grave e preocupante” com os “grandes clientes, empresas públicas e privadas, serviços autónomos de água, indústria, sector hoteleiro, indústria de panificação, supermercados, centros comerciais e oficinas”.

Além “da dívida elevada”, acrescentou no mesmo documento, a empresa enfrenta “outro mal que é o furto e fraude de energia elétrica” que, observou, “é um crime cometido por todos os tipos de consumidores, mas com maiores prejuízos e dimensões nas empresas, operadores económicos e bairros de classe média/alta”.

Ou seja, clarificou, são os “clientes que podem pagar, mas não querem pagar”.

“Os clientes deverão estar cientes e terem a consciência do mal que estão a provocar à empresa e toda economia do País, sendo uma obrigação contratual, moral e legal do cumprimento no pagamento das facturas, pois não o fazendo, estão a pôr em risco todo o sistema eléctrico, desde aquisição de novos equipamentos, manutenções preventivas das máquinas, principalmente nas centrais de produção, melhorias e extensões de redes eléctricas e de água, para poder levar até ao consumidor final um serviço de qualidade”, advertiu a Electra no documento.

A empresa também informou que, para pôr cobro a esta situação, está em execução um plano de acção com “medidas severas”, direccionadas aos clientes de todas as localidades e de todos os segmentos, a nível nacional, com aviso prévio, a solicitar a regularização da dívida, e pagamento imediato das facturas.

No entanto, garantiu que haverá sempre a abertura para negociação da dívida, com assinatura de acordos para amortização das dívidas antigas, mas em caso de não cumprimento, recorre-se ao corte do serviço.

Por: Inforpress