A Embaixada de Cabo Verde está a fazer diligências no sentido de recolher “mais e melhores” informações e prestar “todo o apoio” no caso da jovem cabo-verdiana que terá abandonado o filho recém-nascido num contentor, em Lisboa.
Em comunicado, a representação diplomática diz que “situações dessa natureza estão associadas a casos de profundo de desespero, de grande perturbação ou de desequilíbrios emocionais muito fortes”.
Nestas situações mostra-se “sempre mais avisado compreender para ponderar as acções adequadas do que condenar à partida, no pressuposto de crueldade intencional”, refere no comunicado.
“Palavras sensatas e de um profundo humanismo, como aquelas proferidas pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa são um vivo exemplo do modo como se deve lidar com estas trágicas situações”, lê-se.
O recém-nascido foi encontrado na terça-feira no interior de um caixote do lixo, em Lisboa, por um sem-abrigo que ouviu o choro do menino. Encontrava-se em estado de hipotermia, tendo sido transportado para um hospital.
Na quinta-feira, o responsável pela unidade de cuidados intensivos neonatais do Hospital Dona Estefânia, referiu que se trata de “um bebé saudável”, pelo que, em termos clínicos, poderia ter alta nas próximas 48 horas.
Segundo informações avançadas pela imprensa portuguesa, citando a Polícia Judiciária daquele país, a detida, uma sem abrigo, foi a única autora do crime. Terá, segundo as mesmas fontes, realizado o parto sozinha e foi, de seguida, deixar a criança no interior do contentor do lixo.
Foi também avançado pela PJ que a suspeita não tem antecedentes criminais nem policiais, nem deu entrada em nenhum centro de saúde ou unidade hospitalar.
A detenção ocorreu na madrugada desta sexta-feira, em Lisboa, a suspeita não resistiu à detenção, encontrava-se sozinha, consciente e sem nenhuma alteração do seu estado psíquico.
Presente ao juiz, ficou em prisão preventiva.
Por: Inforpress