Ex-PCA dos CCV diz que a participação da empresa na criação e extinção do Novo Banco foi “transparente”

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O ex-presidente do Conselho de Administração dos Correios de Cabo Verde (CCV), Atelano Fonseca disse ontem, terça-feira, na Cidade da Praia, que a participação da instituição na criação e extinção do Novo Banco foi “transparente e sem qualquer complicação”.

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Atelano Fonseca que falava em declarações à imprensa depois de ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para esclarecer os contornos da criação e da extinção do Novo Banco, afirmou que a audição decorreu num clima “normal”, onde pôde explicar aos deputados a função dos CCV como accionista do Novo Banco.

Conforme indicou, os CCV detinham 25 por cento de participação do capital social do Novo Banco, na altura equivalente a 105 mil contos. Por outro lado, tinham um acordo que permitia ao Novo Banco utilizar os balcões dos Correios de Cabo Verde sem ter que arrendar espaços no exterior para o funcionamento dos seus serviços.

“Em suma, éramos accionistas e ao mesmo tempo parceiros, essa era a nossa situação em relação ao Novo Banco“, esclareceu Atelano Fonseca, indicando que a situação dos CCV era diferente dos outros accionistas. De acordo com Fonseca, depois de consumada a extinção, a comissão liquidatária vai ter de discutir com a empresa para ver o que fazer com os diferentes balcões que o Novo Banco tem nos serviços dos Correios, em todas as ilhas.

“Isso agora compete à nova administração que vai negociar com a comissão liquidatária todo esse processo de recuperação de investimentos feitos nos balcões do Novo Banco”, notou.

Nesta quarta-feira, 12, vão ser ouvidos também o ex-presidente do conselho de administração do Novo Banco, Carlos Moura, e a ex-administradora executiva da mesma instituição, Marly da Cruz. No mês de Março, o BCV anunciou a medida de resolução que decretou ao Novo Banco, que consistiu na alienação parcial das suas actividades e da maior parte dos seus activos e passivos à Caixa Económica de Cabo Verde (CECV).

Eram accionistas do Novo Banco, o Estado de Cabo Verde que tinha uma participação de 42,33%, o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) com 28,28%, a com CECV 11,76%, os Correios de Cabo Verde com 7,35%, a Imobiliária Fundiária e Habitat (IFH) com 7,35% e o Banco Português de Gestão com 2,94%.

Fonte: Inforpress