A direcção da Federação Cabo-verdiana de Basquetebol (FCBB) continua à não querer que a selecção de Cabo Verde na qualificação para o AfroBasket e depois da intervenção do Governo de Cabo Verde, a direcção da FCBB pediu demissão.
Num comunicado de imprensa, a FCBB afirma que manteve a sua posição de não participar nas eliminatórias para o apuramento do AfroBasket 2017, “por não estarem reunidas as condições financeiras e técnicas para o efeito”.
Quando esta direcção, liderada por André Delgado, tomou posse em Junho de 2016 está comunicou a Direcção Geral dos Desportos (DGD) e ao Ministério do Desporto, a situação “caótica” que se encontrava a Federação Cabo-verdiana Basquetebol.
“Após a tomada de posse do novo Director Geral dos Desportos, na primeira reunião que tivemos com o todo o staff da DGD, pusemos ao corrente da situação actual da FCBB e compromete-nos em apresentar o nosso Plano de Actividades e Orçamento 2016/2017, bem como o Plano Estratégico 2016/2020, que foi entregue no dia seguinte após o encontro com a DGD”.
“Em Janeiro de 2017 a FIBA solicitou a nossa inscrição para as eliminatórias para o AfroBasket e depois de uma reunião ponderada entre a direcção da FCBB e a direcção Técnica, sobre a situação financeira actual e a ausência de uma selecção residente para disputar as eliminatórias, decidiu-se suspender a participação nas eliminatórias para reestruturar as selecções nacionais e criar sustentabilidade financeira para suportar toda a estrutura federativa, bem como a preparação condigna da nossa representatividade a nível internacional”, esclarece a FCBB o porque da não participação da selecção na qualificação.
A FCBB afirma que tal decisão não foi entendida pelos jogadores e estes reuniram-se com o Ministério de Desporto, “pressionando o Governo a intervir no processo”.
Neste sentido, a FCBB disse que o Governo, através da DGD, optou por intervir no processo, apoiando “uma comissão de emergência ilegal criada para prejudicar todo o trabalho desenvolvido pela FCBB até ao momento”.
A FCBB questiona a postura do Ministério do Desporto que “pôs em causa todo o trabalho efectuado até agora para a criação de sustentabilidade da FCBB”.
Além disso afirma que a DGD contactou as Associações Regionais “de uma forma ilegal, pressionando com uma carta standard, iludindo os associados da FCBB de que estão reunidas as condições financeiras para a participação de Cabo Verde nas eliminatórias para o apuramento do AfroBasket”.
A FCBB ainda questiona como o Governo consegue verbas “de um momento para o outro” para o AfroBasket e não consegue disponibilizar 15.000.000$00 que são dívidas internas e dívidas com a FIBA África que vem-se acumulando desde 2011.
Visto que a DGD “intrometeu-se nos assuntos federativos” a actual direcção da FCBB demitiu-se e solicitou ao Presidente da Assembleia Geral a marcação de Assembleia Geral Extraordinária para eleições de novos corpos gerentes da FCBB para o dia 24 de Março do corrente ano.
A FCBB termina dizendo que a partir de agora será a DGD a concluir o processo de inscrição de Cabo Verde nas eliminatórias para o AfroBasket.
