O geofísico cabo-verdiano, Bruno Faria, que está a monitorizar o vulcão da ilha do Fogo disse hoje que não há risco eminente de colapso da estrutura vulcânica e que possa causar impactos na ilha de Santiago, que dista a 55 quilómetros.
“Não há indícios actuais que indicam que um acontecimento dessa natureza possa acontecer de novo. Se houve instabilidade neste momento geológico da história da ilha do Fogo, o que é que iria acontecer é que as duas últimas erupções – de 1995 e de 2014 – iriam reflectir essa instabilidade, o que definitivamente não se observou”, sustentou Bruno Faria.
Em entrevista à Rádio de Cabo Verde (RCV), o geofísico Bruno Faria, técnico que acompanha em permanência a actividade do vulcão do Fogo, disse que se houvesse instabilidade, esta ter-se-ia reflectido nas duas últimas erupções vulcânicas (1995 e 2014).
Sobre o impacto que a notícia poderá causar, já com vários comentários nas redes sociais, Bruno Faria recomendou calma às pessoas, mas dizendo que isto não impede que se dê alguma atenção ao fenómeno, acompanhar e monitorizar um potencial deslizamento futuro.
A mais recente erupção na ilha do Fogo decorreu entre Novembro de 2014 e Fevereiro deste ano, tendo desalojado cerca de 1.500 pessoas, e causado prejuízos avaliados em cerca de 45 milhões de euros, segundo estimativas do Governo.
Fonte: Inforpress