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Governo de Cabo Verde ambiciona duplicar verbas e prazo do plano de cooperação com o BAD

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Cabo Verde vai começar a preparar um novo quadro de cooperação com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para duplicar as verbas e estender o prazo até dez anos, disse hoje o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças.

“É um plano para os próximos cinco anos, vamos iniciar já o processo de elaboração desse instrumento estratégico e queríamos até que fosse de mais longo prazo”, até 10 anos, para planear com estabilidade, projetos mais fortes e disruptivos, referiu Olavo Correia à Lusa.

O governante falava à margem dos encontros anuais do BAD, que terminam hoje em Abidjan, Costa do Marfim.

Um programa para 10 anos “seria o ideal, como horizonte máximo” para haver “mudança efetiva” com impacto transformador, num alinhamento capaz de acomodar ajustamentos, “havendo alterações nos contextos interno e externo”, acrescentou.

A assinatura já deverá acontecer com o novo presidente do BAD, Sidi Ould Tah, eleito na quinta-feira para um mandato de cinco anos e que toma posse em setembro.

O BAD é um dos principais financiadores de Cabo Verde, com uma carteira de cinco projetos chave apoiados com 70 milhões de euros, que incluem transportes, novas tecnologias e digitalização, modernização da administração pública e agricultura.

Olavo Correia gostaria de “duplicar a carteira”, mas “sempre numa lógica de impacto e resultados, não só de volume”, porque “é importante colocar [o apoio] em áreas transformativas” como transição digital, economia digital ou formação de capital humano.

A preparação do próximo quadro de apoio deverá incluir uma abordagem de “concentração” de iniciativas, para “haver escala” e ser evitada “a tirania dos pequenos projetos e termos respostas céleres na economia”, concluiu.

O vice-primeiro-ministro cabo-verdiano disse hoje esperar estreiar as relações que o país já mantém com o novo presidente do BAD, Sidi Ould Tah, construídas ao longo dos dez anos que desempenhou a função de presidente do Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico de África (BADEA).

Por: Lusa