O Governo cabo-verdiano pretende arrecadar 90 milhões de euros com a reestruturação, privatização ou concessão de 23 empresas públicas até 2021, entre elas a companhia aérea TACV.
As receitas foram projetadas na agenda de privatizações, concessões e parcerias público-privadas, cuja resolução foi publicada no Boletim Oficial (BO) e que entrou esta sexta-feira em vigor.
Entre as empresas que o executivo pretende privatizar até 2021 está a transportadora aérea TACV, cujo decreto para venda do negócio internacional já foi aprovado pelo Conselho de Ministros, uma semana após deixar de voar a nível doméstico.
Pressionado pela dívida pública, pela urgência de fazer crescer a economia e com recomendações do FMI, a maior urgência é a venda da TACV, que acumula 90 milhões de passivo e representa um encargo mensal para o Estado de cerca de um milhão de euros.
O Governo cabo-verdiano também pretende vender ou concessionar empresas ligadas aos setores da água e energia (Electra), telecomunicações (NOSi e CV Telecom), portos (ENAPOR), aeroportos (ASA), produção e comercialização de medicamentos (Emprofac), imobiliária (IFH), estaleiros navais (CABNAVE), correios, Escola de Hotelaria e Turismo, seguro (Promotora).
Com as privatizações, o executivo de Ulisses Correia Silva traçou alguns objetivos, como aumento da eficiência, produtividade e competitividade da economia e das empresas, criar novas oportunidades de negócio, atrair o setor privado, modernizar o tecido empresarial, reduzir o peso do Estado e da dívida pública na economia e defesa do património.
Fonte: Lusa