O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse hoje, no Mindelo, que a partir deste ano, o Governo irá investir “fortemente” com afectação de recursos do Fundo do Ambiente para garantir “condições mínimas de dignidade” às famílias mais pobres.
Ulisses Correia e Silva deu esta garantia durante a cerimónia de entrega do complexo habitacional de Portelinha, no bairro de Ribeira de Craquinha, em São Vicente, constituída por 88 moradias sociais, financiadas pelo Governo da Republica Popular da China, em mais de um milhão de contos.
Segundo o Primeiro-ministro, agora que se vive o momento de pandemia é possível observar ainda mais o problema de segurança sanitária, que é também de saúde pública, com falta de condições básicas na vida familiar.
Por causa disso, explicou que o programa vai ser desenvolvido ao longo dos próximos tempos, em parceria com as câmaras municipais, com os cidadãos, as comunidades, os bairros e as localidades porque “a pobreza não é só problema de dinheiro”.
“A pobreza, na maior parte das vezes, está dentro de casa, nas condições em que se vive e que se criam os filhos, nas condições de dignidade”, defendeu.
O Primeiro-ministro indicou que programa visa a reabilitação de casas, acesso a bens básicos, água, electricidade, saneamento, rede de esgotos, sanitários e casas de banho e terá componentes como rendimentos, cuidados e educação que, segundo o governante, é importante para “quebrar ciclo vicioso de pobreza para não passar de pais para filhos”.
Particularmente sobre o projecto do complexo de habitações sociais de Portelinha, Ulisses Correia e Silva disse que se enquadra dentro de uma ambição maior que foi lançado há pouco tempo pelo Governo que é o programa “Mais”, virado para a eliminação da pobreza extrema e da pobreza absoluta e para a criação de oportunidades para as famílias mais pobres.
O presidente da Câmara Municipal de São Vicente (CMSV) disse por seu lado que a inauguração do complexo é a realização de um grande compromisso com São Vicente, ilha que tem um “défice alargado” de habitação de cerca de oito mil focos.
“É uma grande responsabilidade, uma grande luta, mas de certeza que a CMSV, o Governo, os amigos e os países, vão lutar para ultrapassar isso e melhorar a qualidade de vida da população”, prognosticou Augusto Neves que aproveitou para pedir à população de Portelinha para acarinhar e cuidar das casas.
Por: Inforpress