Na Guiné-Bissau é raro ver crianças deficientes porque “são muito cedo exterminadas”, diz à Agência Lusa, Laudolino Medina, secretário-executivo da Associação dos Amigos da Criança da Guiné-Bissau (AMIC).
“Essas crianças não existem porque são muito cedo exterminadas através de cerimónias tradicionais”, logo à nascença ou até com vários meses de vida — “às vezes com dois ou três anos”, acrescenta.
Muita da população não tem acesso a informação (a maioria dos guineenses não sabe ler nem escrever) e segue crenças animistas e religiosas: face aos sinais de deficiência “diz-se que criança é um mau espírito, que não é deste mundo e por isso tem que voltar à sua origem”.
Fonte: Agência Lusa