A Guiné Equatorial manteve o 171.º lugar, entre 180, no Índice de Perceção da Corrupção, bem como a mesma pontuação (17) que em 2021, sendo o terceiro país mais corrupto em África, segundo um relatório hoje divulgado.
A edição deste ano do Índice de Perceção da Corrupção (CPI, na sigla em inglês), elaborado pela organização não-governamental (ONG) Transparência Internacional, mostra que a Guiné Equatorial “continua a sofrer uma exploração implacável às mãos da família que governa o país”.
Considerado pela Transparência Internacional como o terceiro país mais corrupto de África — apenas à frente do Sudão do Sul e da Somália -, a ONG destaca que os “sistemas político, económico e jurídico do país são todos controlados pelo Presidente Teodoro Obiang Nguema, parentes e cúmplices por quase quatro décadas”.
Não considerando aos regimes monárquicos, Teodoro Obiang, que completa 81 anos em junho, é o chefe de Estado há mais tempo no poder.
A tendência da Guiné Equatorial nos últimos cinco anos traduziu-se numa subida de um ponto e considerando os últimos 10 anos perdeu três.
Antiga colónia espanhola, a Guiné Equatorial integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O CPI foi criado pela Transparência Internacional em 1995 e é, desde então, uma referência na análise do fenómeno da corrupção, a partir da perceção de especialistas e executivos de negócios sobre os níveis de corrupção no setor público.
Trata-se de um índice composto, ou seja, resulta da combinação de fontes de análise de corrupção desenvolvidas por outras organizações independentes, e classifica de zero (percecionado como muito corrupto) a 100 pontos (muito transparente) 180 países e territórios.
Em 2012, a organização reviu a metodologia usada para construir o índice, de forma a permitir a comparação das pontuações de um ano para o seguinte.