Ilha do Fogo: Apenas três dos cinco acidentados encaminhados no navio da Guarda Costeira para hospital da Praia

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Três dos cinco pacientes do hospital regional São Francisco de Assis, em São Filipe, foram nesta segunda-feira transferidos para o hospital central da Praia, via marítima, numa das unidades da Guarda-Costeira.

Foto: Inforpress

Os pacientes que foram encaminhados para a Cidade da Praia são os que estão em estado “menos grave”, segundo fonte médica, com fracturas nos membros e na coxa, enquanto os dois que inspiram “maiores cuidados, com traumatismo craniano, continuam hospitalizados no São Francisco de Assis.

Os três pacientes, um resultante de um acidente de viação, outro de acidente doméstico e mais uma criança com fractura na cabeça do fémur, acompanhados por dois enfermeiros, viajaram a bordo da unidade da Guarda-Costeira “Ponta Nho Martinho”, com cerca de 15 metros de cumprimento.

Acidente de viação na ilha do Fogo faz oito feridos, três dos quais em estado que inspira cuidados

O mestre Rocha disse à imprensa que o percurso Praia/São Filipe demorou pouco mais de três horas, mas que no regresso poderá ser “mais demorado” porque vai depender do estado do mar e a segurança quer dos pacientes como dos acompanhantes e da própria tripulação.

O “Ponta Nho Martinho” deixou o porto de Vale dos Cavaleiros às 18:33 horas e as expectativas apontam que os pacientes dêem entrada no hospital central da Praia antes da meia-noite.

Quanto aos dois outros pacientes que estavam na lista para a mesma viagem não se sabe para quando isso vai acontecer porque o pessoal da Saúde presente no porto de Vale dos Cavaleiros não avançou com outros pormenores.

O contacto com o director do hospital regional São Francisco de Assis, Luís Sanches, não resultou.

Um técnico de saúde contactado pela Inforpress disse que perante este cenário não é aconselhável o encaminhamento de doentes com fractura craniana por via marítima porque são pacientes que devem estar parados e que o movimento da embarcação poderá levá-los a coma e a morte.

O mesmo disse que o hospital dispõe de bloco operatório e que nesta situação em que não há possibilidade de fazer a transferência por via aérea, a solução mais adequado será fazer deslocar uma equipa de ortopedia da Praia para realizar as primeiras intervenções cirúrgicas na ilha e esperar que os pacientes se estabilizam para serem depois encaminhados para Praia, para continuação dos tratamentos.

Os familiares dos doentes transferidos via marítima reclamaram das condições e solicitam a intervenção das autoridades para resolver a situação.

Fonte: Inforpress