O índice de volume de negócios no setor dos serviços não financeiros cabo-verdiano voltou às quebras no último trimestre de 2020, caindo 39% em termos homólogos, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), influenciado pela pandemia de covid-19.
De acordo com o relatório trimestral sobre os Indicadores de Atividade do Setor dos Serviços – que excluiu serviços financeiros e seguros -, divulgado hoje pelo INE, trata-se ainda de um resultado superior em três pontos percentuais face ao trimestre anterior.
No período de outubro a dezembro, o indicador do INE aponta que as secções de comércio por grosso e a retalho (-12,6%), da reparação de veículos automóveis e motociclos, transportes e armazenagem (-5,6%), e de alojamento e restauração (-16,9%), apresentaram os “contributos mais relevantes para a variação do índice agregado”.
O relatório trimestral Indicadores de Atividade do Setor Serviços (IASS) é um indicador que visa proporcionar indicadores de evolução a curto prazo em termos nominais, sobre preços correntes da atividade das empresas do setor dos serviços mercantis não financeiros em volume de negócios, emprego e remunerações.
No segundo trimestre do ano, a economia cabo-verdiana foi fortemente afetada por quase dois meses de estado de emergência, diferenciado por ilhas, para conter a progressão da pandemia, que levou ao encerramento generalizado das empresas e ao confinamento da população, tendo iniciado a recuperação no trimestre seguinte.
No quarto trimestre foi levantada a suspensão de voos internacionais por Cabo Verde, permitindo a retoma de alguma atividade turística.
Contudo, o turismo, que representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB), continua com atividade reduzida, agravando a crise económica que o país atravessa.
Por: Lusa