A população empregada/ocupada no país totalizou 206.300 no primeiro semestre de 2019, mais de 11.300 em relação ao ano de 2018, traduzindo num aumento de 5,8 por cento (%), indicou hoje o Instituto Nacional de Estatísticas.
Os dados foram revelados nas Estatísticas do Mercado de Trabalho referentes ao 1º semestre de 2019 divulgados hoje, que demonstram que, por meio de residência, face aos resultados de 2018, registou-se um aumento de 7.607 pessoas no meio urbano, correspondendo a um total de 151.298 empregados/ocupados e, no meio rural, uma ampliação de 3.693, fixando em 55.002 pessoas empregadas/ocupadas.
“Por sexo, igualmente regista-se um aumento de 7.046 homens, fixando em 115.391 homens empregados/ocupadas e um aumento de 4.254 mulheres, perfazendo a população feminina empregada/ocupada em 90.909 pessoas”, demonstrou o INE.
Segundo a mesma fonte, a taxa de emprego/ocupação situou-se em 50,9%, registando um aumento de 2,1 pontos percentuais em relação ao ano de 2018.
Por outro lado, estima-se que no meio urbano a taxa de emprego/ocupação situa-se em 55,5%, enquanto no meio rural é de 41,6%.
O INE revelou, também, que as taxas de emprego continuam a ser superior entre os homens, comparativamente às registadas entre as mulheres, isto é, 57,5% e 44,5, respectivamente.
“Da análise por grupo etário, o de 25-34 anos regista a maior taxa de emprego/ocupação, 66,9%, tendo registado um aumento de 4,4 p.p., face a 2018. Segue o grupo etário 35-64 anos, com uma taxa de emprego/ocupação de 64,1%, tendo registado um aumento de 0,8 p.p.. Entre os jovens de 15-24 anos estimou-se uma taxa de emprego/ocupação de 25,2%, tendo registado um aumento de 1,7 p.p., face a 2018”, indicou.
Sobre a situação na profissão, a mesma fonte afirmou que não se registou mudanças significativas nas estruturas, estando a maior parte da população a trabalhar por conta de outrem (67,5%), sendo 39,9% trabalhador do sector empresarial privado, 18,1 da administração pública, 6,3% em cada de famílias e 2,2% no sector empresarial do Estado.
A “grande maioria” dos empregados trabalha no sector terciário (66,1%), principalmente nos ramos do comércio, reparação de automóveis e motociclos, assim como na administração pública, defesa e segurança social.
No que se refere às horas trabalhadas, os dados apontam que, em média, cada trabalhador trabalha 43,4 horas por semana.
Por outro lado, o INE afirmou que o subemprego afectou 15,1% da população empregada/ocupada, particularmente entre os que laboram no meio rural (22,1%) e entre as mulheres (17,2%). Isso demonstra, conforme a análise dos dados, que o subemprego aumentou 0,4 p.p em relação ao ano de 2018 (14,7%).
“No primeiro semestre de 2019, a população desempregada, população que não trabalhou pelo menos uma hora na semana de referência, mas que procurou emprego nas últimas 4 semanas anteriores ao momento de entrevista e estava disponível para trabalhar caso encontrasse um trabalho, foi estimada em 24.843 pessoas, tendo diminuído 8,1% (2.185 pessoas) em relação ao ano de 2018”, divulgou.
O INE realça ainda uma diminuição da população desempregada nos jovens e da taxa de desemprego jovem.
“Na faixa etária de 15-24 anos o número de desempregados diminui de 8.967 em 2018 para 8.395 no primeiro semestre de 2019 (572 jovens desempregados). Na faixa de 25-34 anos diminui de 11.727 em 2018 para 8.560 no primeiro semestre de 2019 (menos 3.167 pessoas)”, reforçou.
Avançou ainda que na faixa etária de 15-24 anos o número de desempregados diminui de 8.967 em 2018 para 8.395 no primeiro semestre de 2019 (572 jovens desempregados). Na faixa de 25-34 anos diminui de 11.727 em 2018 para 8.560 no primeiro semestre de 2019 (menos 3.167 pessoas).
Entretanto, estima-se que no primeiro semestre de 2019, 61.004 jovens de 15-35 anos, representando 29,5% do total dos jovens nesta faixa etária, 29.387 de 15-24 anos (30,6%) e 31.617 de 25-35 anos (28,6%) não tinham emprego/trabalho e estavam fora do sistema de ensino ou formação.
A população inactiva reduziu em 3.726 pessoas, fixando em 173.834, na sua maioria jovens de 15 a 24 anos (36,5%) e, em consequência, a taxa de inactividade reduziu de 44,4% em 2018 para 42,9% no primeiro semestre de 2019.
A taxa de inactividade é mais notável no mundo rural, isto é, 52,8%, contra 38,1% no meio urbano.
Por: Inforpress