A administração da Agencia Cabo-verdiana de Notícias (Inforpress) informou ontem, quinta-feira, que solicitou à ARC a abertura de um inquérito para averiguar as “alegadas interferências” nos conteúdos informativos, isto, após a acusação da directora de informação demissionária Sandra Cruz.
Em comunicado de imprensa, a Administração da Inforpress declarou que aceitou o pedido de demissão da directora de informação Sandra Inês Cruz, apresentado no passado dia 9, e que já solicitou a Autoridade Reguladora para a Comunicação Social (ARC), para “apurar cabalmente os factos”.
“Face às alegações feitas nomeadamente de interferência contínua em questões que só à redacção dizem respeito”, facto que não corresponde à verdade, salientou a gestora, mas que, no limite, pode “gerar ruídos e percepções erradas”, colocando em causa os pressupostos essenciais do trabalho da Inforpress, enquanto Agência de Informação, a administração solicitou formalmente, junto da ARC, a abertura de um inquérito com o propósito de apurar as “alegações feitas”.
De acordo com a nota, a administração aguarda “serenamente” a decisão da ARC, sublinhando que, apesar desta situação, irá continuar a contar com a “colaboração e o empenho de todos os jornalistas” no “reforço da centralidade” da Inforpress, enquanto agência de informação “rigorosa, imparcial e isenta”.
Decorrente ainda desta situação, e de acordo com o enquadramento legal vigente, a administração informou que nomeou interinamente a jornalista Dulceneia Ramos como directora de Informação da Inforpress.
Ainda segundo o mesmo documento, a administração asseverou que “lamenta profundamente” esta situação, sublinhando, por outro lado, que a mesma “servirá de estímulo para que, num esforço colectivo continuem a trabalhar para engrandecer a Inforpress”, enquanto agência “relevante na consolidação do processo democrático e desenvolvimento de Cabo Verde”.
Por: Inforpress