Na tarde de ontem o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, disse que a Primeira-Dama não deve pronunciar-se e nem interferir nas questões relacionadas com a política interna de Cabo Verde, porque não é uma agente político e não foi eleita.
Esta foi a reacção de José Maria Neves face as declarações de Lígia Fonseca ontem no programa Café Central da Radio de Cabo Verde. Lígia Fonseca defendeu que a existência de um estatuto se justifica também pela necessidade de haver transparência na gestão da coisa pública, sendo que o estatuto regulariza os bens efectuados no âmbito das missões que o conjugue do chefe de Estado realiza.
O Primeiro-Ministro de Cabo Verde não terá gostado de tais declarações e ontem quando falava aos jornalistas, no âmbito da IV reunião do Conselho Coordenador do Programa “Mudar para Competir”, disse que a Primeira-Dama deve ter “mais moderação”, ponderação, contensão e mais cuidado ao intervir na política interna nacional, “tendo em conta que não é uma agente político, e não foi eleita”.
“Acho que não fica bem, num país com o sistema de Governo, a Primeira-dama pronunciar-se sobre questões de políticas internas”, disse José Maria Neves.
Fonte: Inforpress