Segundo o jornal Público, o treinador do Sporting terá na sua posse provas de contactos entre Bruno de Carvalho e a Juve Leo para “apertarem” com os jogadores e equipa técnica
O treinador do Sporting, Jorge Jesus, terá na sua posse provas de contactos entre Bruno de Carvalho e os líderes da Juve Leo para autorizarem os membros radicais da claque a “apertarem” com os jogadores e equipa técnica, avança a edição desta sexta-feira do jornal Público.
De acordo com o jornal, que cita fronte próxima do treinador, Jorge Jesus estará na disposição de apresentar as provas às autoridades caso não chegue a acordo com a atual direção do Sporting para rescindir o seu contrato.
Jorge Jesus acredita que Bruno de Carvalho é o autor moral dos crimes de sequestro, atentado contra a sua integridade física (agressão qualificada) e de associação criminosa.
O técnico, escreve o Público, quer reunir-se com o presidente leonino, até quarta-feira, para formalizar a desvinculação dos quadros da SAD. Mas caso as negociações sejam canceladas, Jesus irá rescindir unilateralmente evocando justa causa.
O treinador leonino terá tido conhecimento de dados relevantes nos últimos dias para o que aconteceu na Academia, em Alcochete, na passada terça-feira.
O jornal refere que Jorge Jesus considera particularmente importantes as declarações do antigo diretor de instalações da Academia do Sporting, José Diogo Salema, que considerou estranhas as circunstâncias da invasão das instalações. O antigo responsável assegurou que, nos oito anos em que esteve à frente da segurança do espaço, em Alcochete, as portas eram sempre encerradas quando estavam a decorrer treinos. A existência de câmaras também é referida, o que permitiria detetar as movimentações no exterior.
MP diz que ataque foi planeado previamente
O Diário de Notícias apurou que, para o Ministério Público (MP), os 23 detidos pelas agressões na Academia do Sporting agiram de acordo com um plano previamente combinado para intimidar e agredir os jogadores e elementos da equipa técnica da equipa principal do clube.
Segundo a procuradora do MP, o “bando” atuou com um “forte sentimento de impunidade, demonstrando uma personalidade desviante do direito”.
São várias as ameaças e os insultos que foram relatados ao Ministério Público pelos jogadores e dirigentes leoninos: “Vocês são uns filhos da puta, cabrões. Vocês são um monte de merda. Vamos-vos matar! Vocês estão fodidos! Vamos-vos arrebentar a boca toda. Não ganhem o jogo no domingo que vocês vão ver”.
Os testemunhos indicam que os arguidos iam munidos de tochas, que causaram queimaduras a um elemento da equipa tecnica. Depois, vários jogadores foram agredidos violentamente e o treinador Jorge Jesus foi atingido com um cinto na cara, tendo sido pontapeado em diversas partes do seu corpo.
Segundo ainda a descrição do MP, depois de terem cumprido o seu objetivo premeditado, o “bando” colocou-se em fuga apeada. Nesta altura, a GNR já tinha sido informada dos incidentes e estava a chegar à Academia.
Por: Diário de Noticias