Segundo o primeiro-ministro português, António Costa, e a Embaixada de Cabo Verde na Bélgica não há vitimas portuguesas e nem cabo-verdianos, respectivamente, nos atentados que correram na manha desta terça-feira em Bruxelas, capital da Bélgica. Uma luso cabo-verdiana escapou por pouco.
Vânia Pereira à direita Foto: Manuel Dias
Vânia Pereira, nasceu em Portugal e é de origem cabo-verdiana, escapou por pouco ao atentado no metro. “Por acaso”, atrasou-se para as aulas, e quando chegou à estação de metro de Beekant a bomba tinha acabado de explodir na estação mais à frente, em Malbeek. A jovem trocou o Luxemburgo pela Bélgica faz dois anos onde estuda Turismo e Comércio Internacional. “É o metro que apanho todos os dias para ir à escola. Hoje, por acaso, estava atrasada e saí de casa a correr para apanhar o metro. Quando cheguei à estação havia muitas pessoas à entrada e soube então o que se tinha passado. Se tivesse saído de casa um bocadinho mais cedo, poderia ter estado nesse comboio”, disse Vânia Pereira ao CONTACTO. A luso-cabo-verdiana não chegou a entrar na estação. A polícia “obrigou-a” a regressar a casa, no bairro de Molenbeek. A antiga Miss Global Cabo Verde 2011 (um evento organizado no Luxemburgo) e Miss United Nations lembra-se apenas do barulho das ambulâncias e diz que “tem medo” desde os atentados de Paris, em Novembro. “Sinto-me stressada e com medo, por tudo o que temos ouvido, desde Novembro, altura em que as escolas também estiveram fechadas [depois da caça ao homem, após os atentados de Paris]. Agora, só o facto de saber que podia estar nesse metro dá muito que pensar. A situação está muito séria e temos razão para ter medo. Já nem sei se devo apanhar o metro estes dias para ir para a escola”, desabafou a jovem de 23 anos, nascida em Portugal, que veio para o Luxemburgo aos 11 anos. Nos atentados desta terça-feira morreram 31 pessoas e cerca de 140 ficaram feridas. Fonte: CONTACTO