Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas deu posse à Comissão Nacional de Onomástica que terá funções de regular a atribuição de nomes próprios

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O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas deu posse hoje à Comissão Nacional de Onomástica, entidade formada por nove membros e presidida pela linguista, Adelaide Monteiro, que terá funções de regular a atribuição de nomes próprios no país.

Foto: Inforpress

Segundo Abraão Vicente, a criação da Comissão Nacional Onomástica responde a uma necessidade cada vez mais premente de se definir os critérios que devem nortear a atribuição dos nomes próprios, “um prático comum em várias partes do mundo”.

“A comissão será responsável pela criação do regulamento da admissibilidade de vocábulos para nomes próprios, instrumentos que nortearão os registos no país na atribuição de nomes, evitando situações recorrentemente depreciativos e contrárias aos direitos do ser humano,” destacou o ministro, observando sempre o resguardo dos pressupostos como a nacionalidade e origem dos pais do registando.

Com esta comissão, ajuntou o ministro, será possível a admissão dos nomes próprios tanto em português como na língua materna, normalizando a escrita nas duas línguas, respeitando a ortografia e a etimologia do nome. Por outro lado, definirá também a composição do princípio de concordância entre o sexo e o primeiro nome.

Por seu turno, a presidente da comissão, Adelaide Monteiro prometeu fazer junto com a sua equipa a onomástica nacional, através da apresentação, numa primeira fase, “de dois grandes documentos com uma exaustiva elaboração” dos nomes próprios e o regulamento para a admissibilidade dos nomes próprios.

“É com lealdade e zelo que esta equipa vai-se empenhar numa reflexão antropológica filosófica e social do nome próprio, sem descurar a parte linguística, sobretudo por causa do nosso contexto não só dentro de Cabo Verde, mas também por causa da nossa diáspora”, declarou Adelaide Monteiro para quem é preciso garantir que o nome próprio em Cabo Verde seja uma marca de um orgulho pessoal e não um motivo de vexame.

Além da presidente integra a comissão a conservadora dos Registos de Santa Catarina, Maria Ivete Marques, o Padre António Silves Ferreira, o historiador Edson Soares Brito, o antropólogo e historiador Humberto Lima, a conservadora do Registo Civil da Praia, Jocelene Moreno, a professora e mestre Crioulística, Maria do Céu Baptista, a historiadora Zelinda Cohen e a conservadora dos Registos de São Vicente, Tirza Fernandes.

Por: Inforpress