O Movimento para a Democracia (MpD) formalizou ontem uma queixa junto à Autoridade Reguladora para a Comunicação Social (ARC) contra o jornalista da RCV Carlos Santos, acusando-o de falta de imparcialidade no programa “Café Central”.

Em nota enviada à Inforpress, segundo o partido que sustenta o Governo, o apresentador do programa “Café Central” utiliza o espaço para atacar o Governo e o MpD, demonstrando falta de isenção na condução do programa”.

De acordo com o comunicado de imprensa assinado pelo novo secretário-geral, Agostinho Lopes, Carlos Santos “frequentemente convida participantes que contradizem os posicionamentos de figuras próximas ao partido e faz sínteses consideradas tendenciosas, destacando aspectos negativos contra o MpD”.

A denúncia foi apresentada, segundo o MpD, “com total sentido de responsabilidade”, reforçando que a liberdade de imprensa deve ser acompanhada de rigor e imparcialidade no serviço público de comunicação.

O  MpD acusa o jornalista em questão de “um tratamento discriminatório negativo contra o MpD e o chefe do Governo”, Ulisses Correia e Silva, alegando que “afecta a isenção da informação, perturba a transmissão das ideias do MpD e potencia uma melhor predisposição para com os outros partidos.

Lê-se nesta comunicação que “outras ideias foram livremente expostas e não sujeitas ao crivo crítico imediato dos seus opositores.”

A Inforpress contactou o director da Rádio de Cabo Verde para obter esclarecimentos sobre a queixa apresentada pelo MpD, mas Marcos Fonseca informou que só se pronunciará sobre o assunto na sexta-feira, 17.

Por: Inforpress