O presidente do conselho de administração (PCA) do Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação manifestou a ambição do NOSi vir a competir a nível mundial, mas por agora, afirmou, o foco é alcançar mercados do continente africano.
Esta pretensão foi expressa à imprensa no âmbito do evento de apresentação da nova versão do IGRP, o principal produto da governação digital em Cabo Verde e “framework open source”.
Carlos Tavares afirmou que a nível internacional o Nosi tem vários projectos a desenvolver, em que concorreu e ganhou, a nível do continente, de destacar o da digitalização do Tribunal de Contas de Angola, assim como outros em São Tomé e Príncipe, em Moçambique e Guiné-Bissau.
“Como sabem a Europa, a América, sobretudo os Estados Unidos, já têm o mercado consolidado. Não é que não temos essa ambição a nível global, mas o nosso foco neste momento é o continente africano, sobretudo, países de língua oficial portuguesa, CEDEAO, onde nós estamos integrados, onde há um mercado enorme, e onde a própria Europa está a olhar para este mercado”, disse.
Sobre o projecto de digitalização em Angola previu a sua conclusão para finais de Março do próximo ano, tendo explicado que se trata de um projecto que vai permitir desmaterializar toda a tramitação processual do Tribunal de Contas daquele país, e permitir automatizar um conjunto de processos internos.
Em Angola, informou, o NOSi tem cerca de 20 colaboradores a trabalharem de forma mais directa, sem descorar aquilo que é a responsabilidade nacional, asseverando que toda a empresa está engajada neste projecto.
Ou seja, para este responsável, não faz sentido se a Europa, os Estados Unidos estão a olhar para o mercado africano, e o NOSi a olhar para o mercado que já está praticamente consolidado.
“Portanto, precisamos olhar para o mercado, grandes oportunidades que existem em África, na América Latina também, a própria Ásia, mas sem descorar a possibilidade de competirmos na Europa, e temos que ter esta ambição”, frisou.
Segundo assegurou, o NOSi é uma instituição credível, que agora, com o Parque Tecnológico, um projecto que também desenvolveu, com orientação do Governo, vai criar um grande ecossistema para competir a nível internacional.
Por: Inforpress