Noventa e nove porcento da população cabo-verdiana está livre do VIH/Sida graças às acções de sensibilização, informação, educação e comunicação, indicou o secretário executivo do Comité de Coordenação do Combate à Sida, Artur Correia.
Artur Correia apresentou este dado hoje na sua comunicação na cerimónia de celebração do Dia Mundial de Luta contra Sida, que decorreu na Cidade da Praia, sob o lema “CCS-SIDA, 15 anos a somar vitórias sobre o VIH-SIDA” em homenagem ao 15ª aniversario do CCS/Sida.
“Hoje mais do que celebrar a nossa mensagem é de esperança na expectativa de melhor qualidade de vida para os seropositivos, mas também, na esperança de contenção da dinâmica de transmissão do VIH no seio da população cabo-verdiana”, afirmou.
A par isso, lembrou que a maior carga da doença se concentra na ilha de Santiago, sendo o concelho da Praia a que mais número tem a nível dos concelhos do país, e regozijou-se com a diminuição de casos nos grupos mais vulneráveis devido às intervenções de proximidade através de pares educadores.
Segundo Artur Correia, essa esperança de consolidação de ganhos, mas também de luta de novos desafios, leva ao CCS/SIDA a trabalhar para a redução das disparidades entre as que têm acesso aos serviços de prevenção, tratamento, cuidados e apoios e as que não têm o mesmo acesso relativamente ao flagelo que atinge 2.500 pessoas no país.
Nessa caminhada, sublinhou, a CCS/SIDA tem garantindo a transfusão de sangue seguro a 100% aos doentes, reduzindo significativamente a transmissão do VIH de mãe para filho variando de 0 a 3% nos últimos sete anos, introdução de antirretrovirais às pessoas que vivem infetadas.
A organização conseguiu, de acordo com Artur Correia, efectuar o controlo sistemático de transmissão nas populações mais vulneráveis, melhorar o conhecimento da dinâmica da epidemia no país e criar um ambiente ético e jurídico mais favorável às 2.500 pessoas que vivem com VIH.
Conforme indicou, no seu comunicado alusivo à data, das 2.500 pessoas que vivem com VIH e seguidos pelos serviços de saúde, mais de 1.600 se encontram em tratamento, enquanto das 11 mil grávidas anuais cerca de 10 mil têm acesso a um teste de VIH, sendo que as que se revelarem positivas têm acesso gratuito a tratamento e seguimento médico.
Informou ainda, que todas as crianças nascidas de mães seropositivas têm acesso a um seguimento psicossocial e que cerca de 50% das mães infectadas têm beneficiado de leite artificial.
Para o horizonte 2020, assegurou, a CCS-SIDA tem como desafios acelerar o acesso ao diagnóstico, tratamento e seguimento, bem como a eliminação da transmissão do VIH de mãe para filho.
Por: Inforpress