No inicio de Janeiro deste ano a Agência Lusa trouxe à tona uma reportagem que falava sobre os jornais cabo-verdianos que estavam a fechar portas e eram eles, ‘A Voz, ‘OceanPress’ e ‘A Semana’, na sua versão imprenso.

Hoje, o DTudo1Pouco traz mais detalhes sobre o “A Voz” e os motivos que, possivelmente, terão levado ao encerramento deste jornal.

A Voz, em Março de 2015

No início de fevereiro de 2015 saiu, pela primeira vez nas bancas, o jornal “A Voz” – um semanário de 48 páginas com perspetiva generalista que abrangia a diáspora cabo-verdiana espalhada pelo mundo.

Entretanto, em outubro do mesmo ano, o jornal suspendeu sua presença impressa e centralizou-se em seu site que, ainda hoje, permanece online, mas sem atualizações desde dezembro de 2015. O projeto, inicialmente inovador, durou menos de um ano.

A equipe do “A Voz” era composto por quatro jornalistas, quatro estagiários, um fotógrafo e, também, quatro funcionários na administração, mais o diretor.

Uma fonte bem posicionada contou ao DTudo1Pouco que o referido jornal, propriedade da PARAINVESTE SA, tinha como maior investidor um empresário em Angola, mas este não conseguiu injetar capital na empresa devido à crise que assolou aquele país. Crise esta que fez com que as pessoas ali, não conseguissem enviar grandes quantias de dinheiro para o exterior.

E em Cabo Verde, conta nossa fonte, o “A Voz” enfrentava dificuldades em conseguir anunciantes devido às manchetes que trazia “e que incomodavam os dois maiores partidos [PAICV e MPD]”.

Para além disso, as empresas privadas, por vezes, só anunciavam caso “o jornal fosse ‘simpático’ para com eles”.

Por falta de meios para, por exemplo, custear as deslocações necessárias da sua equipe, o jornal viu-se obrigado a fechar as portas e abandonar, por agora, o projeto.

Passado quase dois anos do seu fecho, diz-se que o jornal irá regressar em breve, mas até agora, nenhuma confirmação oficial.