Recentemente a Juventude para a Democracia (JpD) promoveu uma palestra formativa subordinada ao tema “A política na Era da Globalização: O que se espera da Juventude?” para debater a forma como os jovens devem encarar a política nos dias de hoje.
Constatamos que o mundo está a mudar depressa, mas a forma de fazer política manteve quase inalterada. Hoje, mais do que nunca, torna-se necessário fazer um Upgrade na forma de fazer política, sob pena de termos cada vez mais jovens a se afastarem dela.
Se não podemos ter a certeza absoluta do que vai acontecer no futuro, uma coisa já é garantida: tudo está a mudar, e a uma velocidade muito superior que há umas décadas.
Assim, num país onde a população jovem constitui a maioria, mas que notamos algum desencanto com a política, com o número de abstenção a aumentar a cada eleição, a formação política é mais do que um mero encontro, mas sim, uma necessidade que se impõe.
Abstenção dos jovens, como é do conhecimento de todos, não se combate apenas com conversas. É necessário o reforço da formação cívica e criar espaços para a participação efetiva dos jovens, com total liberdade para inovar e dar a sua contribuição.
Para a JpD, a formação, cívica e política, torna-se numa das principais prioridades, tendo em conta que muitos jovens quando têm o primeiro contacto com a política, geralmente, em períodos de campanha eleitoral, pouco ou nada sabem da política.
Nas nossas ações de formações, para além dos temas relacionados com o emprego, a cidadania, a prevenção ao uso abusivo de álcool e outras drogas, damos especial atenção aos valores fundamentais que inspiram e orientam o nosso compromisso, nomeadamente:
- Liberdade;
- Igualdade;
- Fraternidade.
Um lema que se tornou universal, é o fundamento do nosso compromisso e da nossa identidade. Essas palavras trazem uma mensagem de unidade, patriotismo, abertura e humanismo.
A liberdade é o valor essencial que nos permite imaginar, agir e criar. Há quem diga que só damos importância a liberdade quando não a temos. Porém, para a nossa geração que nasceu e cresceu em democracia, que não conheceu as crueldades dos regimes autoritários, a liberdade pode parecer algo banal.
Mas a sua conquista custou muito! É por tudo isso que na JpD preferiremos a liberdade sobre todas as formas de dependência e sempre escolhemos a abertura ao universal contra o isolamento totalitarista.
Rejeitamos sistemas, ideologias ou totalitarismos que sufocam a liberdade, procurando enquadrar tudo. Acreditamos que é a livre vontade que garante o florescimento dos talentos. Acreditamos no mérito, no trabalho, no esforço e no talento de cada um. Recusamos a assistência e a fraude.
Por isso, na JpD, defendemos a liberdade como um valor inviolável e lutaremos por ela em todos os fóruns, porque acreditamos que sem uma formação política consistente e um ambiente de liberdade total, dificilmente os jovens conseguirão sair das suas zonas de conforto e lutar pelos seus ideais e convicções.
Euclides Silva
Presidente da JpD