Os preços dos produtos importados aumentaram 2,6 por cento (%) em Outubro de 2017, valor superior em 2,5 pontos percentuais (p.p.) face ao registado no mês anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O documento divulgado pelo INE, indica que em Outubro de 2017, “o índice de preço da importação situou-se em 83,7 tendo conhecido um aumento de 2,6% relativamente ao mês anterior”, enquanto o índice subjacente na importação verificou, no mesmo período, um acréscimo de 4,6% face ao mês anterior.
Por outro lado, o índice volátil na importação, obtido a partir de índice das classes Voláteis cujo coeficiente de variação seja superior a 20%, diminuiu 1,7% face ao mês de Setembro de 2017.
De acordo com o INE, “a taxa de variação mensal dos preços dos produtos exportados fixou-se em 2,4%, em Outubro de 2017, aumentando 3,1 p.p. face ao valor registado no mês anterior” e a taxa de variação mensal registada pelo Índice de Termos de Troca foi de -0,2%, valor superior em 0,6 p.p. face ao registado no mês anterior.
O aumento de preços na importação foi influenciado pela subida dos bens de consumo (3,0%) que se justifica com o aumento dos preços de “outros bens de consumo não duradouros” (38,1%), além da subida dos combustíveis (8,0%) justificada com o aumento da única subcategoria denominada “combustíveis1”.
Por outro lado, adianta a nota informativa divulgada pelo INE, a subida de preços na importação foi atenuada pelas categorias dos “bens intermédios” (-1,3%) cuja descida de preços é justificada, essencialmente, com a descida dos preços de “produtos transformados para a construção” (-0,7%) e “outros produtos alimentares transformados” (-1,5%), além dos “bens de capital” (-8,1%) que se deveu à diminuição de preços de “máquinas” (-13,1%).
Nas importações por principais secções do Sistema Harmonizado (SH), registaram-se aumentos mais expressivos de preços nas secções: II – Produtos do reino vegetal (8,6%); V – Produtos minerais (7,0%); VI – Produtos das indústrias químicas ou das indústrias conexas (27,4%) e XVII – Material de transporte (8,3%).
As diminuições de preços de maior relevância observaram-se nas secções: IV – Produtos das indústrias alimentares, bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres, tabaco e seus sucedâneos manufaturados (-4,5%); X – Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papeis ou cartão a reciclar (desperdícios e aparas); papel e suas obras (-11,4%) e XVI – Máquinas e aparelhos, material elétrico, e suas partes; aparelhos (-7,1%) e essas diminuições contribuíram para atenuar a evolução positiva do Índice Global da importação.
Em relação à Variação Homóloga, em Outubro de 2017 o índice de preço da importação aumentou 8,6%, relativamente ao mês de Outubro de 2016, enquanto os índices, subjacente e volátil na importação, verificaram, em Outubro de 2017, acréscimos de 6,0% e de 15,3%, respetivamente, face ao mês homólogo de 2016.
Já o Índice de Preço da Exportação situou-se em 68,7, no mês de Outubro de 2017, correspondendo a um acréscimo de 2,4% face ao mês anterior, o índice subjacente na exportação verificou, nesse mesmo mês, um acréscimo de 3,3% face ao mês anterior, enquanto o índice volátil na exportação diminuiu 14,4% face ao mês de Setembro do corrente ano.
Em Outubro de 2017, a taxa de variação homóloga do índice de preço da exportação situou-se em 1,5%, o índice subjacente na exportação verificou um acréscimo de 1,7% face ao mês de Outubro de 2016 e, por outro lado, o índice volátil na exportação diminuiu 3,8% face ao mês homólogo de 2016.
Durante o período em análise registou-se uma deterioração nos índices de termos de troca, com uma diminuição global de 0,2%, comparativamente ao mês anterior e o Índice de Termos de Troca (ITT), nesse período, situou-se em 82,0, com uma taxa de variação homóloga negativa de 6,6%.
Fonte: Inforpress