Joaquim Rodrigues disse nesta quarta-feira, no regresso a Cabo Verde, para assistir ao funeral de Giovani Rodrigues, estar “indignado com a postura das autoridades portuguesas na investigação da morte do filho, ocorrida a 31 de Dezembro, em Bragança, Portugal.
Em entrevista à SIC Notícias, na partida para Cabo Verde, para o funeral do filho, que acontecerá sábado nos Mosteiros, ilha do Fogo, Joaquim Rodrigues mostrou-se indignado com as autoridades policiais pelo tratamento que têm dado ao caso.
“Primeiramente, pensaram se tratar de um bêbado e não deram muita atenção na altura, porque sendo um bêbado era algo que se resolvia rapidamente, Fiquei indignado com esta situação”, afirmou.
A mesma fonte conta ainda que os amigos que estavam com o filho, quando se deu o sucedido, tentaram fazer a queixa logo no dia seguinte ao ocorrido, mas foram informados pelos policiais que isso teria que ser feito pelo próprio Giovani.
“Só depois de ter dito que era pai de Giovani e que o mesmo estava em coma profundo, entre a vida e a morte, é que consegui falar com um senhor e pude acrescentar ao auto que já tinha sido apresentado pelos seus amigos no hospital, que ele foi agredido à bastonada e que estava entre a vida e a morte”, disse.
Joaquim Rodrigues acredita que se a queixa fosse aceite mais cedo o rumo das investigações seriam diferentes.
“Eu fui contactado pela PJ apenas no dia 03 de Janeiro, esclarece, inconformado com a ausência de resultados da investigação e por não ter sido ainda identificado um único presumível autor daquele acto que considera ter sido “bárbaro”.
“Todos em Bragança dizem saber quem teria agredido o Giovani”, afirmou.
A polícia de Segurança Pública (PSP), em comunicado emitido pela SIC Noticias, escreve que “desde o primeiro momento desenvolveu as diligências necessárias para investigação dos factos e respectivas circunstâncias, designadamente salvaguardando as imagens dos sistemas de videovigilância e, promovendo a recolha de testemunhas.
Mas até então, segundo a mesma fonte, não houve detenções nem constituição de arguidos.
O corpo de Giovani Rodrigues chegou na segunda-feira à ilha do Fogo e as cerimónias fúnebres estão agendadas para sábado,18.
Luís Giovani dos Santos Rodrigues, 21 anos, natural dos Mosteiros, ilha do Fogo, morreu no dia 31 de Dezembro de 2019 no Hospital de Santo António, no Porto, Portugal, depois de ter sido espancado, alegadamente por um grupo de indivíduos na cidade transmontana de Bragança, no passado dia 21 de Dezembro.
Por: Inforpress