PAICV contesta desempenho do Governo quanto a integração do país no continente africano

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O líder da bancada parlamentar do PAICV, Rui Semedo, contestou hoje o desempenho do Governo no processo de integração do país no continente africano, considerando não haver esforço suficiente para essa ligação efectiva.

Rui Semedo fez esta afirmação à imprensa, à margem do balanço das jornadas parlamentares do seu partido para a segunda sessão do mês, que vai ter como pontos altos um debate com o primeiro-ministro sobre a “Juventude, qualificação e emprego” e o Orçamento do Estado para 2020.

Instado a avaliar o trabalho do Governo sobre a integração de Cabo verde no continente, na data que se comemora o Dia da Industrialização de África, o dirigente do PAICV reiterou que “não tem havido esforço suficiente” neste sentido, as relações “não são as mais privilegiadas, o diálogo não é o mais fecundo e os dossiês económicos não são aprofundados”.

Por outro lado, Rui Semedo apontou que o acesso aos cargos a nível das organizações, principalmente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) não tem sido o melhor, o que significa que ainda “o país tem um longo percurso a fazer”.

Isso porque, reiterou, Cabo Verde deve, primeiramente, “assumir-se como um país que está inserido neste continente”, trabalhar na valorização da sua presença nos países da costa ocidental africana e no próprio continente.

“Cabo Verde tem que conquistar espaço também nestas organizações, quer regionais, sub-regionais ou outras, numa relação de amizade e confiança, a que todos ganham”, atestou o dirigente do principal partido da oposição.

Rui Semedo salientou ainda que é preciso rever a questão da circulação das pessoas, sublinhando uma dimensão mais real, “para não se criar barreiras desnecessárias que criam também incidentes” com os amigos e vizinhos da costa ocidental africana.

O Dia da Industrialização em África é celebrado a 20 de Novembro de cada ano desde 1990. A efeméride pretende mobilizar a comunidade internacional a contribuir para o fortalecimento da indústria africana, tendo por objectivo o crescimento económico sustentável e a erradicação da pobreza.

Por: Inforpress