PAICV pede imediata substituição dos manuais escolares disponíveis no mercado

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O PAICV exigiu nesta segunda-feira que o Governo retire “imediatamente” do mercado os manuais escolares “defeituosos” e substitua por outros, “feitos de forma responsável”, mediante acompanhamento e coordenação pedagógica, correcção, revisão e seguimento do Governo.

Nuías Silva. Foto: Inforpress

Em conferência de imprensa, na Cidade da Praia, o vice-presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde, Nuías Silva, disse que tomaram conhecimento, “com muita preocupação”, dos “erros gravíssimos” contidos nos manuais escolares e nos cadernos de apoio aos manuais.

Segundo Nuías Silva, desde a Independência o país registou “ganhos extraordinários” a nível da educação, facto que levou com que Cabo Verde seja reconhecido a nível de África, como um país com a “maior taxa bruta de escolarização”, a nível do ensino superior.

Diante deste facto, indicou que o PAICV alertou ao Governo para que “não caísse na tentação” de, “apressadamente”, “deitar tudo abaixo”, pela mera “vontade de destruição para obtenção de ganhos políticos imediatos,” porque isso poderia comprometer o futuro.

Conforme disse, agora estão perante um sector de educação “descoordenado, marcado por ruídos, e por uma desorganização” profunda na abertura do ano lectivo, com problemas na colocação de professores e na deslocalização dos alunos.

“Já foram detectados erros gravíssimos nos manuais escolares e nos Cadernos de Apoio aos Manuais Escolares, sobretudo que se destinam ao ensino da Matemática para o 1º e 2º Anos. São erros gravíssimos, quer ao nível conceptual, quer ao nível dos conteúdos, que não são passíveis de emenda com simples erratas”, disse, acrescentando que são “erros de tal forma graves”, que colocam o país numa situação “ridícula”.

Pela “gravidade” da situação, o PAICV exigiu que estes manuais sejam retirados imediatamente do mercado e que sejam substituídos por outros feitos mediante acompanhamento e coordenação pedagógica, correcção, revisão e seguimento por parte do Governo, através do Ministério da Educação.

Fonte: Inforpress