O grupo Patchê Parloa revalida título como melhor agremiação carnavalesca na ilha do Sal, tendo conquistado a maioria dos prémios esta quarta-feira, na cidade turística de Santa Maria.
No ano passado, o grupo carnavalesco Patchê Parloa foi, também, o grande vencedor do Carnaval 2018, na ilha do Sal, tendo conquistado a maioria dos títulos, e este ano volta a levar o cheque de 300 mil escudos e o troféu, atribuídos ao melhor grupo de Carnaval do ano.
Depois da reposição do desfile na Avenida dos Hotéis, em Santa Maria, até por volta das 22:00, arrastando um número considerável de curiosos, foram conhecidos os vencedores do Carnaval 2019, marcando assim mais uma festa do Entrudo na ilha.
Ao se anunciar a decisão do júri, perante gritos de ovação e grande expectativa, volta-se a constatar a superioridade do Patchê Parloa que ganhou os reinados, rei e rainha, melhor porta-bandeira, mestre-sala, classificando-se no primeiro lugar com 1667 pontos.
Gaviões, o maior rival de Patchê Parloa nestas festas carnavalescas, mereceu o melhor andor, música e melhor rainha de bateria, ficando, desta feita, na segunda posição com 1467 pontos.
Ao que a Inforpress pode constatar, a classificação final decorreu com civismo, apesar do descontentamento de alguns fãs dos Gaviões.
Os melhores, Rei, Vladimir Pires, a Rainha, Cláudia Almeida, a porta-bandeira, Jéssica Gonçalves, a rainha-bateria (Gaviões), Cláudia Gonçalves, e Wilker Lopes, mestre-sala, estavam visivelmente felizes e sem palavras para descrever tanta alegria.
Nuno Lopes, líder do Patchê Parloa, grupo tradicional, organizado por jovens oriundos de São Nicolau, igualmente radiante, disse que renovar o título não é tarefa fácil, daí ser uma sensação “extremamente agradável”.
“Revalidação de título nunca é fácil. Trabalhamos para ganhar tudo, mas nem sempre é possível. Para o ano voltaremos com mais força ainda”, sublinhou, lamentando, entretanto o facto de o Patchê Parloa não ter, também este ano, conquistado o prémio de melhor andor.
Por outro lado, sentindo-se injustiçados, Zeca, líder dos Gaviões, que arrecadou os prémios de melhor carro alegórico, melhor música e Rainha de Bateria, disse que o grupo não vai se desmoralizar, prometendo regressar com “muito mais força”, no próximo ano.
“Não ficamos contentes com esses resultados. Foi uma classificação injusta. O povo do Sal viu o que fizemos. Fomos o melhor grupo a desfilar, indiscutivelmente. Para o povo somos os campeões. Podem fazer o que fizerem (…) Gaviões não vai-se esmorecer, antes pelo contrário. Para o ano viremos com muito mais força”, exteriorizou.
No ano passado, Gaviões foi penalizado pelo atraso de hora e meia, tendo merecido o melhor andor e música, ficando, desta feita, na terceira posição.
A autarquia investiu cerca de um milhão de escudos para os prémios, cujos valores variam entre 300 e 60 mil escudos, de acordo com a categoria e classificação, também destinados ao melhor andor e melhor música.
Em termos de grupo, o primeiro lugar arrecadou, trezentos mil escudos, o 2º, duzentos mil escudos.
O melhor rei e rainha levaram 60 mil escudos cada, enquanto mestre-sala e porta-bandeira mereceram um cheque de 40 mil escudos cada.
A rainha da bateria, 20 mil escudos, o melhor andor ganhou 150 mil escudos, e a melhor música 30 mil escudos.
“Invenções do Homem – Passado, presente e futuro”, e “Roma – O império ataca”, foram os temas dos blocos carnavalescos, Gaviões e Patchê Parloa, respectivamente, que este ano estiveram em competição, numa festa do Rei Momo, também abrilhantada pelos grupos de animação.
Por: Inforpress