PCA do HAN anuncia renovação de todos os equipamentos do hospital

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O Hospital Agostinho Neto vai, ainda este ano, adquirir novos equipamentos hospitalares que vão substituir os existentes, anunciou hoje o seu presidente do conselho de administração (PCA), Júlio Andrade.

“Vamos adquirir mais equipamentos, ainda este ano, e, provavelmente, lançar concursos, porque vamos renovar todos os equipamentos do hospital e iniciamos pela Oncologia que tem muita demanda”, revelou.

Júlio Andrade falava aos jornalistas, à margem das actividades comemorativas para assinalar o mês de Outubro Rosa em que o hospital da Praia, além de realizar palestras, celebrou com a recepção da doação da câmara de fluxo laminar e da mesa de inclusão.

O hospital, informou, tinha a câmara de fluxo laminar, mas esta já estava descontinuada, por isso solicitaram o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian que respondeu positivamente ao pedido e coube ao hospital fazer um investimento em termos de infra-estruturas para acolher o novo equipamento.

“Este equipamento vai permitir maior segurança na preparação do tratamento para os doentes oncológicos e, essencialmente, nos cuidados com os trabalhadores porque provoca riscos para eles, mas também melhora a condição de higiene na preparação desses medicamentos que os doentes oncológicos utilizam na quimioterapia”, assegurou.

Em relação à mesa de inclusão, o PCA do hospital central disse que esta serve para fazer exame anatomopatológico, isto é, caracterização e corte dos tumores e dos tecidos.

O responsável, acrescentou que o equipamento vai permitir melhorar o diagnóstico e também evitar que os pacientes sem recursos procurem um privado para fazer este tipo de exame.

Apesar da aquisição desses dois equipamentos para tratamento dos doentes oncológicos, Júlio Andrade reconheceu que estes não vão reduzir o número de evacuações, mas garantiu que vão permitir fazer o “diagnóstico mais rápido e facilitar no tratamento”.

Em relação à questão do tratamento com a radioterapia para os doentes oncológicos, o PCA do Hospital Agostinho Neto informou que os doentes vão continuar a fazer esse tipo de tratamento em Portugal, porque o país ainda não tem condições para tal.

“Temos de dar esse passo e é um passo mais difícil e vai levar algum tempo, porque a questão da medicina nuclear é um pouco mais complexa e exige intervenção internacional de várias organizações e nós vamos caminhar nesta perspectiva”, sublinhou.

Júlio Andrade avançou que para além de investimentos nos equipamentos para a oncologia o Hospital Central vai apostar na formação dos médicos e dos enfermeiros para que possa dar uma resposta mais eficaz a Oncologia que é o “serviço mais caro” do Serviço Nacional de Saúde.

Por: Inforpress