Os dados das contas definitivas mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano cresceu em termos nominais, 2,8% em 2015, tendo atingido o valor de 158.699 milhões de escudos.
Os dados constam de um documento divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), sobre as contas dos sectores institucionais, visando a análise do comportamento económico dos agregados formados por unidades institucionais, que apresentam comportamentos homogéneos.
O documento apresenta a economia nacional organizada em cinco sectores institucionais, designadamente as sociedades não financeiras, sociedades financeiras, administrações públicas, as famílias, e instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias.
Distribuído por sectores pode-se constatar que em termos de produção as sociedades não financeiras foi o sector que mais contribuiu, tendo o valor chegado a 131.015 milhões de escudos, representando 35% do PIB, seguido das famílias com 94.459 milhões de escudos (32,7% do PIB).
As Administrações Públicas com 34.766 milhões de escudos foi o terceiro sector com maior representação do PIB (15,9%) e por ultimo as sociedades financeiras que contribuíram com 10.457 milhões de escudos (3,9% do PIB).
Em relação à estrutura do Valor Acrescentado Bruto (VAB) por sector institucional constata-se que as sociedades não financeiras e as famílias têm o maior peso no VAB total da economia nacional, representando 40,0% e 37,4%, respectivamente.
Em relação à capacidade/necessidade líquida de financiamento, que é a disponibilidade ou não de recursos que cada sector institucional possui ou precisa para se financiar, constatou-se que em 2015, com excepção das sociedades não financeiras todos os sectores tiveram capacidade de financiamento.
O documento apresenta também os dados referente ao PIB per capta cujo montante situou-se em 302,4 mil escudos, uma variação de 1,5 por cento face ao ano de 2014 e o rendimento disponível bruto das famílias foi de 118.975 milhões de escudos.
No que se refere às despesas de consumo final o montante gasto foi de 133,410 milhões de escudos, representando 84,1% do PIB. Distribuindo por sector constata-se que as famílias consumiram 63,1% do PIB, a Administração Públicas 18,9%.
De acordo com o mesmo documento a taxa de investimento nacional situou-se nos 28,8, tendo o valor sofrido uma redução em de 5,7 pontos percentuais face ao ano de 2014.
A poupança nacional foi de 44.664 milhões de escudos representando uma taxa de 25,1%.
No ano de 2015 as exportações registaram uma variação muito positiva face ao ano anterior e representou 44,9 por cento do PIB contra os 40,4%, enquanto que as importações evoluíram no sentido contrário (60,7% para 59,2%), contribuindo ainda para a redução do défice da balança comercial que passou de -31.388 milhões de escudos para -22.617 milhões de escudos.
O total da economia apresentou uma necessidade de financiamento em 1.358 milhões de escudos em 2015, que resultaram numa redução substancial da necessidade de financiamento da economia nacional (-16.382 para -1.358 milhões de escudos) e situou-se em -0,9% do PIB.
Fonte: Inforpress
