PJ lança apelo para encontrar jovem desaparecida há nove dias na cidade da Praia

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A Polícia Judiciária (PJ) pediu nesta quinta-feira a colaboração das pessoas para localizar uma jovem de 18 anos, residente em Ponta d’Água, cidade da Praia, desaparecida desde o dia 27 de Maio.

Em nota enviada à imprensa, a PJ informou que, apesar de diversas diligências encetadas, Hawa Gomes Ndiaya, mais conhecida por Patrícia, ainda não foi localizada.

Conforme informações recolhidas junto a pessoas próximas, e citadas pela PJ, Patrícia saiu de casa por voltas das 12h30 do dia 27, para ir encontrar um amigo em Achada Grande Trás, localidade onde terá sido vista pela última vez, e desde então não regressou à casa.

Neste sentido, a Polícia Judiciária apela a quem souber do seu paradeiro ou a tenha visto, o favor de contactar a instituição através da linha de emergência grátis 134 ou pelo PBX 2605600, ou ainda a esquadra da PN, mais próxima.

Completaram-se em Fevereiro passado dois anos em que Clarisse Mendes (Nina) e Sandro Mendes (Filú), ambos hoje com 11 e 13 anos, respectivamente, que se encontram desaparecidos.

As duas crianças saíram de casa, em Achada Limpa, onde se encontravam na companhia da avó, para irem comprar açúcar na localidade de Água Funda, na Cidade da Praia, e “ainda não regressaram à casa”.

Além de Nina e Filú, continuam ainda desaparecidos, desde 28 de Agosto de 2017, um bebé e a sua mãe Edine Jandira Robalo Lopes Soares que residiam em Achada Grande Frente (Praia).

A mãe alegou que ia levar o recém-nascido para o controlo no PMI (Programa Materno-Infantil), na Fazenda, e nunca mais foram vistos.

No dia 14 de Novembro de 2017, Edvânea Gonçalves, criança de dez anos, do bairro de Eugénio Lima, saiu de casa para fazer um mandado, a pedido da mãe, junto de uma vizinha a pouco mais de 100 metros da sua residência, não voltou.

Entretanto, oito meses depois, a PJ comunicava aos pais que ossadas identificadas, em Janeiro, em Ponta Bicuda, Praia, por um grupo de cidadãos à procura de búzios no mar, pertenciam à menina.

A 06 de Fevereiro de 2018, em nota de imprensa, o Ministério Público anunciou a criação de uma equipa conjunta de magistrados, Polícia Nacional e Polícia Judiciária para investigar o desaparecimento de crianças na Cidade da Praia.

A 22 de Fevereiro do mesmo ano, em declarações à imprensa, o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, deixou transparecer que aquelas crianças podiam estar prestes a serem libertadas, ao afirmar que quem as tinha na sua posse sabia que estava “a ser caçado nessa altura”.

No dia 10 de Maio de 2019, o então procurador-geral da República, Óscar Tavares, traído pelas investigações, que não foram direccionadas como devia ser, garantiu aos jornalistas que o processo sobre o desaparecimento de pessoas em Cabo Verde tinha avançado do ponto de vista da investigação e que havia indícios de que as mesmas pudessem estar vivas. Só que a Edvânea já estava morta.

O desaparecimento misterioso de pessoas já levou à realização de várias manifestações de rua, sobretudo na capital do país.

O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, preocupado com a situação, exigiu que as autoridades competentes esclarecessem os casos, ainda que fosse com o apoio de peritos internacionais.

À voz do chefe de Estado associaram-se outras, como a da primeira-dama, Lígia Fonseca, do cardeal Dom Arlindo Furtado e de líderes políticos.

Por: Inforpress