Platini e Toni Silva vitimas de racismo na Bulgária pelos próprios adeptos

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Os futebolistas Platini, internacional cabo-verdiano, e o luso guineense, Toni Silva, não tem tido a vida fácil recentemente na Bulgária. Os jogadores do CSKA Sofia foram vitimas de racismo por parte dos fãs do CSKA.

Toni Silva e Platini

A polémica não envolve muito o cabo-verdiano mas sim Toni Silva de 21 anos. Os adeptos descontentes com a derrota (0-1) de domingo no dérbi frente ao Lokomotiv insultaram tudo e todos principalmente Toni Silva que não conteve e respondeu.

Há sete jogos que o CSKA não vence e não marca e isso irritou ainda mais os adeptos. Chamaram Toni Silva de ‘macaco’ e ‘preto’ e este reagiu com gestos aos insultadores.

“Há adeptos que não merecem respeito mas já estou habituado. Acusam-me de estar aqui por dinheiro mas isso é mentira. Não aceito que me chamem de macaco, não aceito racismo. Se alguma vez prejudiquei o clube peço desculpa, nunca foi a minha intenção. Sempre dei tudo por esta equipa, nos bons e maus momentos”, referiu Toni Silva, através do Facebook.

Quanto a Platini, Luís Carlos Almada Soares, este foi contactado pelo DTudo1Pouco e mostrou-se frustrado com a situação.

Platini de 29 anos afirmou que na Bulgária é “normal” e que os africanos, ou então pessoas de tom de pele mais escura, são sempre os culpados de tudo e no futebol pior ainda. Platini relata que no ultimo domingo que Toni Silva não se conteve e mostrou mesmo o dedo ‘do meio’ ao adeptos que revoltaram ainda mais. Foi graças a policia que a situação não piorou.

“Ha dias, depois do treino furaram as rodas do carro e temos sofrido ameaças”, proferiu Platini. “Tenho mais um ano de contrato, mas não devo continuar aqui”, disse Toni em declarações ao DTudo1Pouco.

Esta é a primeira época de Platini na Bulgária, depois de sair do Omonia do Chipre, e ate ao momento já efectuou 23 jogos marcando um golo.