O agente da Polícia Nacional suspeito da morte de um jovem numa esquadra da cidade da praia, em Março, foi esta quarta-feira acusado do crime de homicídio agravado, anunciou o Ministério Público.
Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República adianta que, depois de realizadas «todas as diligências úteis à descoberta da verdade material dos factos sob investigação», o Ministério Público requereu o «julgamento em tribunal singular» do agente da Polícia Nacional, que se encontrava em prisão preventiva.
«Ao arguido, agente da Polícia Nacional, foram imputados um crime de homicídio agravado em concurso real efetivo com um crime de armas, todos na sua forma consumada e, este último, atendendo ao instrumento utilizado para o cometimento daquele crime», refere o comunicado.
O caso remonta a março, quando Hélder Delgado, de 19 anos, residente no bairro do Pensamento, morreu depois de ter sido detido por um agente da Polícia Nacional, que alegou que o jovem entrou na sua casa para o roubar.
Depois de imobilizado e algemado, foi transportado à esquadra da Achada de Santo António, onde passou a noite, tendo sido conduzido de manhã ao hospital inanimado, acabando por morrer.
As circunstâncias do caso estiveram envoltas em contradições, com os familiares a acusarem o agente de agressões fatais, que terão levado à morte do jovem ainda dentro da esquadra de Investigação e Combate à Criminalidade de Achada de Santo António.
Fonte: Lusa